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Não acertou os números da mega? Veja cinco dicas para organizar o bolso em 2025

Aumento da taxa básica de juros, desvalorização do real e alta da inflação devem impactar o poder de compra do consumidor ao longo do ano

  • Foto do(a) author(a) Priscila Natividade
  • Priscila Natividade

Publicado em 6 de janeiro de 2025 às 21:46

Alta da taxa básica de juros e aumento da inflação podem comprometer o poder de compra em 2025
IPVA, IPTU, matrícula, material escolar e fatura do cartão são os principais vilões das despesas de início de ano Crédito: Shutterstock

O ano começou com sonhos, planos, metas e também com o orçamento financeiro bem comprometido com uma lista imensa de despesas que chegam junto com o mês de janeiro: é matrícula, material escolar, IPTU, IPVA, férias e a fatura do cartão de crédito. Boleto, com certeza, impactado pelas longas parcelas de tudo aquilo que a gente decidiu gastar em dezembro – seja a reforma da casa, a televisão nova, a troca de móvel da sala, os presentes, a farta ceia de Natal. Enfim, não está fácil para ninguém, sobretudo se não ganhou na Mega Sena da Virada.

“O desafio é conseguir coordenar todos os gastos que acontecem tradicionalmente no início do ano, mais os gastos que vêm refletidos das despesas de final de ano entre os meses de novembro e dezembro. Sabendo que eles existem, a saída pode ser criar desde agora um planejamento que facilite a vida no sentido de não sobrecarregar o orçamento no mês de janeiro. Ou seja, movimentar uma estratégia onde você consiga diluir isso ao longo dos 12 meses”, aconselha o economista e educador financeiro Edísio Freire (@edisiofreireoficial), que aponta também o que acaba mais assustando o bolso do consumidor:

" A saída pode ser criar desde agora um planejamento que facilite a vida no sentido de não sobrecarregar o orçamento no mês de janeiro"

Edísio Freire

economista e educador financeiro

“Nesse ponto, o que provavelmente vai assustar mais o bolso do consumidor é o cartão de crédito. Ah, mas o cartão de crédito não é um gasto de início de ano. De fato, não é. Mas ele vem refletido em gastos que você realmente tem no final do ano. Uma fatura do cartão de crédito fora do que você imaginava acaba tirando você do seu planejamento. Gastos com cartão precisam ser muito bem desenhados, sobretudo, em 2025”, complementa.

Ano que, ainda de acordo com o economista e educador financeiro, será de alta na taxa de juros e perda do poder de compra, com a inflação ultrapassando a meta e o real desvalorizado diante do dólar. “O cenário econômico brasileiro para 2025 traz uma expectativa de alta da taxa de juros que deve bater na casa dos 15% ao ano e uma perspectiva de alta da inflação, que já não está mais no teto da meta. O real desvalorizado frente ao dólar, passando da casa dos R$ 6, também se torna um fator preponderante que dificulta manter o orçamento”.

Além disso, aquele crédito que o consumidor pega no banco toda vez que está no aperto deve ficar ainda mais caro. “A taxa de juros alta só pode ser algo positivo para quem tem investimentos que rendem de acordo com a Selic (taxa básica de juros). Com o crédito ficando mais caro, consequentemente, o custo Brasil também fica. As empresas investem menos, geram menos empregos e o consumidor perde seu poder de compra com todo esse impacto na renda. Esse cenário desafiador torna o planejamento a palavra-chave para que a gente passe 2025 com um pouco de estabilidade”.

E se você se perguntou agora como vai conseguir guardar alguma coisa, quando, na verdade, o grande problema é que o dinheiro segura as despesas da sua planilha, Edísio traz cinco conselhos que podem ajudar a amenizar a dor de cabeça que é sortear qual a conta que vai pagar no mês. Confira.

1. Desafio do não-consumo

Calma, não é para deixar de pagar as contas ou de comprar alguma coisa, até porque é impossível viver assim. A primeira dica é separar uma semana por mês e definir um item que costuma gastar sempre e não fazer nenhuma compra nesse período. 

Ou seja, se costuma comprar muito em delivery, por exemplo: tire uma semana no mês para não pedir nada nos aplicativos de entrega. Isso é uma maneira interessante não só de ter um diagnóstico melhor dos seus gastos como fazer uma boa economia e olhar melhor para o seu dinheiro.

2. Auditoria financeira temática

A segunda dica é a auditoria financeira temática. Eleja todo mês um item dos seus gastos e mergulhe nele. Comece com os seus streamings: o que de fato você usa, se tem algum que esqueceu, se existe alguma possibilidade ou promoção que possa reduzir a assinatura, se faz sentido ou não continuar pagando aquele determinado valor, se tem algo com custo benefício melhor que possa substituir. 

Parta sempre dos gastos mais simples para as despesas mais complexas, que muitas vezes a gente acaba perdendo de vista. Mergulhe nesse tema, controle, revise e acompanhe melhor esse gasto que elegeu.

3. Dinheiro invisível

O que é o dinheiro invisível? Bom, esse valor consiste em uma programação automática que vai ser configurada na sua conta do banco e que você vai esquecer que existe. Pode ser qualquer valor: R$ 50, R$ 100, R$ 200 ou até R$ 10, mas que todo mês está ali. É mais sobre criar o hábito de guardar do que o quanto esse valor vai render. Um dinheiro invisível que você via guardando ali, sem nem perceber, mas de uma maneira ou de outra vai construindo uma reserva financeira, independente de quanto.

4. Consumo consciente

A ideia é consumir tendo a noção de quanto esse consumo representa da sua receita. O cálculo é simples: associar a quantidade de horas que trabalha para comprar um determinado item. Pegue o valor da sua renda mensal e dividida pela quantidade de horas trabalhadas e aí você vai saber quanto custa uma hora trabalhada sua. 

Depois, esse item que quer comprar dividido pelo valor de hora que ganha mensalmente vai apontar quantas horas de trabalho são necessárias para adquiri-lo. À medida que for fazendo esse exercício, a análise vai te trazer uma reflexão mais real sobre seu processo de consumo e permitir que avalie se de fato vale a pena fazer aquela compra.

5. Detox financeiro

E a última dica, porém não menos importante, é o detox financeiro, que consiste em tirar dos seus gastos aquilo que está consumindo a sua receita sem lhe trazer benefícios objetivos. Revistar a planilha com o olhar nas despesas que está carregando, mas que não precisa manter e que impactam diretamente no seu orçamento.