Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Na mão ou no tanquinho? Só 35% dos baianos têm máquina de lavar roupa

Presença do equipamento em domicílios é acompanhada pelo IBGE como indicativo de condições de habitação

  • Foto do(a) author(a) Larissa Almeida
  • Larissa Almeida

Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 02:30

Procure juntar a maior quantidade possível de roupas antes de colocá-las na máquina de lavar (Imagem: Evgeny Atamanenk | Shutterstock)
Máquina de lavar está presente na casa de apenas 4,9 milhões de baianos Crédito: Evgeny Atamanenk | Shutterstock

A presença da máquina de lavar roupa é um indicador de condição de vida, conforto e otimização do tempo. Ainda assim, só 4,9 milhões de baianos (34,8% da população total) têm o eletrodoméstico em casa, de modo que o estado tem o terceiro menor percentual de pessoas em domicílios com o equipamento entre os estados. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo os resultados da entidade sobre as Características dos Domicílios do Questionário da Amostra do Censo Demográfico 2022, a presença da máquina de lavar nos domicílios baianos vem quase dobrando a cada Censo. Em 2000, apenas 9,9% das pessoas moravam em domicílios com o equipamento (7ª menor proporção entre os estados), percentagem que subiu para 19,4% em 2010 (6ª menor entre os estados) e para 34,8% 12 anos depois (3ª menor proporção).

Em Salvador, a proporção da população que mora em residências onde há máquina de lavar é bem maior do que na Bahia como um todo: 61,2%, o que representa 1.473.162 pessoas. A percentagem, que atualmente é a quinta maior do país, também cresceu de forma significativa: era de 27,1% em 2000 e de 44,0% em 2010.

Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE, afirma que a ausência de uma máquina de lavar roupa em casa geralmente implica na sobrecarga de tarefas para quem é responsável pelo lar. “Quando existe a presença desse equipamento, identificamos ali uma família que teve as condições financeiras de comprar um bem que não é essencial, que dá conforto e mostra que a família tem uma boa condição de habitação. No domicílio que tem mulheres, esse bem contribui para que elas tenham mais tempo livre”, analisa.

Para ela, o fato de a Bahia ocupar a terceira menor posição entre os estados que têm maior percentual de máquinas de lavar roupa em casa reflete uma questão de renda. É justamente por falta de condições financeiras que a autônoma Renata Silva, 31 anos, lava toda a carga de roupa diária na mão.

“Viver sem máquina de lavar é ruim demais. A pior parte é na hora de lavar os lençóis e toalhas de banho, pois tem que torcer bem para poder estender. Tem roupas pesadas que também são horríveis de lavar. A única vantagem é que economiza na conta de energia”, afirma a autônoma.

Para além da questão de renda, a decisão de não ter uma máquina de lavar também perpassa fatores culturais e da esfera individual. Esse é o caso do professor Romário Sena, 29 anos, que nunca teve o eletrodoméstico por falta de espaço no apartamento onde vive e por achar o produto caro demais.

“Faço uso da lavanderia self-service que, diante da rotina agitada, ajuda muito porque lavo e seco no mesmo espaço. A ausência da máquina não me afeta. Embora seja um gasto mensal, não atrapalha a minha rotina em realizar outras atividades e não ocupa um espaço que não tenho no momento”, ressalta.