Mulheres são as mais acometidas pela otosclerose; doença fez Galisteu perder 60% da audição

Doença não tem cura e pode levar a perda da audição

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  • Gil Santos

Publicado em 18 de setembro de 2024 às 06:00

Imagem Edicase Brasil
Questões hormonais estão ligadas à doença Crédito: Peakstock | Shutterstock

A otosclerose é uma doença sem cura definitiva e que, progressivamente, pode levar à perda da audição. Na semana passada, um relato feito pela apresentadora Adriane Galisteu, 51 anos, colocou a doença em evidência. Ela contou que recebeu o diagnóstico há 11 anos e que  perdeu cerca de 60% da audição de um dos ouvidos. As mulheres são as mais acometidas e o otorrinolaringologista da Clínica AMO Luiz Henrique Barbosa explica o motivo: "A forma clinica da doença acomete mais as mulheres do que homens, na proporção de duas mulheres para cada caso envolvendo um homem. O aumento dos níveis de estrógeno e progesterona, que acontecem na gestação, pode contribuir para a progressão da doença. Acomete indivíduos entre 20 e 30 anos e a história positiva para a doença varia de 39% a 58%", esclarece o especialista.

Zumbidos, sensação de ouvido tampado, perda de audição ou dores frequentes são sintomas que precisam ser investigados. A recomendação é procurar um médico imediatamente para evitar o agravamento de possíveis condições. No caso da otosclerose, o otorrinolaringologista do Itaigara Memorial Gabriel Bijos explica que a principal suspeita é que seja uma doença hereditária.

"Em geral se dá por herança que chamamos de autossômica dominante com penetrância incompleta, o que significa que membros da mesma família podem herdar o gene que leva a doença, no entanto, podem ou não desenvolver a patologia. Assim, é comum que, em uma mesma família, várias pessoas desenvolvam a otosclerose", afirma.