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Mulheres e pessoas amarelas são as que têm maior escolaridade na Bahia, diz Censo

Homens, indígenas e pretos são menos instruídos no estado, indica IBGE, apesar de crescimento de pretos e pardos com graduação

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 26 de fevereiro de 2025 às 11:33

Aulas na faculdade
Aulas na faculdade Crédito: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Na Bahia e em Salvador, as mulheres, assim como pessoas de cor amarela e branca, são as mais instruídas, enquanto homens, indígenas e pretos apresentam os menores índices de escolaridade. Os dados do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam disparidades significativas no nível de instrução da população adulta, com base em gênero e raça.

Na Bahia, 14,5% das mulheres com 25 anos ou mais completaram o ensino superior, enquanto apenas 9,2% dos homens atingiram o mesmo nível. Em Salvador, a diferença é ainda mais marcante: 23,1% das mulheres têm diploma universitário, contra 19,3% dos homens. Esses números reforçam a tendência nacional de maior escolarização entre as mulheres.

Desigualdades raciais na educação

A análise por cor ou raça mostra que as pessoas amarelas são as mais instruídas no estado: 21,8% delas concluíram o ensino superior, quase o triplo da proporção entre os indígenas, que têm o menor índice, com apenas 7,9%. Já em Salvador, as pessoas brancas lideram o ranking de escolaridade: 43,9% delas possuem diploma universitário, mais que o dobro da proporção entre os pretos (13,2%), que ocupam a última posição.

Média de anos de estudo na Bahia é a 5ª menor do país

A população adulta da Bahia, com 25 anos ou mais, tinha em média 8,3 anos de estudo em 2022, abaixo dos 9 anos necessários para completar o ensino fundamental. Esse indicador coloca o estado na 5ª pior posição entre as unidades federativas, à frente apenas de Piauí (7,9 anos), Alagoas (8,0), Paraíba (8,1) e Maranhão (8,1). No Brasil, a média foi de 9,6 anos, com o Distrito Federal liderando o ranking (11,8 anos), seguido por São Paulo (10,6) e Rio de Janeiro (10,4).

Em Salvador, a média de anos de estudo foi de 10,8, superior à média estadual e nacional, mas ainda insuficiente para colocá-la entre as capitais mais bem posicionadas. A cidade ocupa a 18ª posição no ranking, atrás de Florianópolis (12,8 anos), Vitória (12,4) e Curitiba (12,0).

Apenas 23 dos 417 municípios baianos (5,5% do total) registraram uma média de pelo menos 9 anos de estudo em 2022. Lauro de Freitas lidera a lista, com 11,2 anos, seguido por Salvador (10,8) e Madre de Deus (10,3). No extremo oposto, Pedro Alexandre (4,6 anos), Monte Santo (4,7) e Mirante (4,7) apresentaram os piores indicadores, evidenciando desigualdades regionais significativas.

Avanço de pretos e pardos no ensino superior

Entre 2000 e 2022, a Bahia registrou um aumento expressivo na participação de pretos e pardos entre os graduados. Em 2000, os brancos representavam 58,1% dos formados, enquanto pretos e pardos somavam 40,5%. Em 2022, essa proporção mudou: os brancos caíram para 31,2%, enquanto os pardos passaram a representar 49,7% e os pretos, 18,5%. Juntos, pretos e pardos saltaram de 40,5% para 68,2% do total de graduados no estado.

No entanto, as desigualdades raciais persistem. Em 2022, pretos e pardos representavam 22,4% e 57,3% da população geral da Bahia, respectivamente, mas sua participação entre os graduados (18,5% e 49,7%) ainda era menor. Por outro lado, os brancos, que correspondem a 19,6% da população, continuam mais representados entre os formados no ensino superior (31,2%).