Mulher que matou sargento do Exército se arrependeu, diz policial

PMs que autuaram suspeita em flagrante depôs na audiência de custódia nesta segunda-feira (17)

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  • Wendel de Novais

Publicado em 17 de junho de 2024 às 14:36

Sargento foi morto pela esposa em prédio onde morava Crédito: Reprodução

Antes de ser presa em flagrante pela morte de Jonatas Emanuel Restani, de 46 anos, que era sargento do Exército, Kelly Cristina Ferreira Restani, 48, tentou tirar a própria vida. Na Vara de Audiência de Custódia, onde a prisão preventiva da suspeita foi decretada na manhã desta segunda-feira (17), os policiais responsáveis por prendê-la em flagrante foram ouvidos. Em depoimento, os dois ratificaram que Kelly foi encontrada ensanguentada e que teria tentado se matar, mas se arrependeu.

“Informou, por fim, o depoente [PM] que foi Kelly Cristina Ferreira Restani quem tirou a vida de seu marido Jonatas Emanuel Alves Restani com uso de uma faca. Após tirar a vida do seu marido atentou contra a própria vida, porém se arrependeu e pediu socorro através do grupo do WhatsApp do prédio”, contou um dos policiais, que teve a fala confirmada pelo segundo. O PM deu detalhes em juízo de como a suspeita teria se ferido, mas essas informações serão preservadas nesta reportagem.

Além do depoimento dos PMs, foram consideradas as provas e a própria confissão de Kelly, que foi descrita no texto da decisão pela prisão preventiva. “Durante interrogatório policial, a flagranteada confessou ter assassinado seu esposo a golpes de faca, por motivos de ciúmes, em virtude de ter descoberto uma traição. A materialidade delitiva e os indícios suficientes de autoria encontram-se demonstrados pelas provas orais e pela apreensão da arma do crime”, escreveu a juíza Marcela Moura França.

Apesar de ser alvo da audiência de custódia que avaliou sua prisão, Kelly não foi apresentada em juízo porque segue hospitalizada no Hospital Geral do Estado, para onde foi conduzida na noite de sábado, em estado grave. Na audiência, foram ouvidos ainda os representantes do Ministério Público e da Defesa. A manutenção da prisão de Kelly aconteceu mesmo após a sua defesa apresentar um pedido liberdade provisória. A jurista da Vara de Audiência de Custódia da Comarca de Salvador, no entanto, atendeu o pedido da promotoria.