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Da Redação
Publicado em 14 de maio de 2024 às 10:36
Na semana de enfrentamento ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, o Ministério Público da Bahia lança nesta sexta-feira (17) uma campanha de alerta para dar visibilidade ao tema, em razão da elevada quantidade de notícias de violência sexual contra crianças e adolescentes na Bahia e no Brasil.
Somente no último ano, foram registrados na Bahia 5.024 casos de abuso e exploração sexual infantojuvenil, conforme dados da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP).
No Brasil, diariamente, são registrados, pelo menos, 130 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes, segundo o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública. E o mais alarmante é que mais de 76% dos casos ocorrem nas casas das vítimas e os principais agressores são pessoas próximas, dificultando as denúncias e a proteção.
O evento de lançamento, que ocorrerá a partir das 8h30, no auditório do MP no CAB, será aberto pelo procurador-geral de Justiça Pedro Maia e pela promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi, coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Criança e do Adolescente (Caoca).
A programação contará com um debate sobre os desafios e avanços no âmbito do MP para a proteção integral de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual. A campanha será divulgada em TVs, jornais, rádios, outdoors, meios de comunicação digital, além do site e redes sociais da Instituição (Instagram, TikTok, Facebook e Youtube).
Ela alerta a sociedade sobre a importância de todos estarem atentos a qualquer sinal de alteração de comportamento e humor de crianças e adolescentes, atuando para a proteção destes e para a responsabilização dos agressores. A campanha conta com o apoio de diversos veículos de comunicação social e fornecedores.
A promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi alerta sobre a importância da vigilância e atuação da família, da comunidade e dos órgãos do Estado para a proteção e defesa de crianças e adolescentes. Ela destaca que cabe a todos mantê-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
“Todos precisam estar atentos e atuantes. As vítimas de violência sexual, geralmente, apresentam alterações no comportamento, que variam conforme a idade, características do núcleo familiar, tipo de abuso ou exploração ao qual foi exposta e a forma como a família, a escola e a comunidade lidam com o ocorrido”, destacou. A promotora complementou que, nesses casos, a busca pela ajuda profissional para acolhimento e proteção são fundamentais, além da denúncia imediata dos agressores.
Também participarão do evento, dia 17, os promotores de Justiça Adalto Araújo, coordenador do Centro de Apoio Operacional Criminal (Caocrim); Adriano Freire de Carvalho, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação (Ceduc); Aurivana Curvelo, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife); Rocío Garcia Matos, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau); e Rogério Queiroz, coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (Caodh).