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Mortes em ações policiais têm ligeira alta e chegam a 490 este ano em Salvador e região metropolitana

Dados são atualizados até 3 de dezembro pelo Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência na região

  • Foto do(a) author(a) Tharsila Prates
  • Tharsila Prates

Publicado em 4 de dezembro de 2024 às 13:04

Ataque deixou cápsulas e manchas de sangue no chão
Violência na capital e RMS Crédito: Ana Lúcia Albuquerque/ Arquivo CORREIO

O número de pessoas mortas durante ações da Polícia Militar da Bahia teve alta de 4% este ano em Salvador e na região metropolitana, segundo o Instituto Fogo Cruzado, que monitora a violência na área. Os dados apontam 490 mortes em 2024, sendo 486 adultos, três adolescentes e um idoso frente a 485 mortos em 2023, no mesmo período - de 1º de janeiro a 3 de dezembro.

No ano passado, as abordagens resultaram em 467 mortes de adultos, seis adolescentes, uma criança e um idoso. Dez vítimas não tiveram a faixa etária identificada.

Os números foram passados a pedido do CORREIO em uma semana que se iniciou com a morte de Gabriel Santos Costa, de 17 anos, por um policial militar à paisana. O caso, no entanto, não está incluído no levantamento do Fogo Cruzado, pois não se trata de abordagem policial. Consta no banco de dados do Fogo Cruzado como homicídio. Levando em conta o número de pessoas mortas em ocorrências na presença de agentes de segurança, esse número vai a 512 este ano e 510 em 2023, segundo levantamento do Fogo Cruzado.

Gabriel morreu no local. Já Haziel Martins Costa, de 19, que também foi baleado, continua internado no Hospital Geral do Estado (HGE), onde passou por uma cirurgia.

O policial envolvido no caso - Marlon da Silva Oliveira - foi afastado das atividades operacionais e realocado para funções administrativas, segundo informou a Polícia Militar. A arma sob sua responsabilidade foi recolhida e entregue à Polícia Civil, órgão responsável pela investigação criminal. Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) também foi instaurado pela Corregedoria.

Em outubro, o motoboy Alex Silton de Oliveira, 18 anos, foi morto a tiros no bairro do IAPI, e familiares acusaram a Polícia Militar de chegar atirando na localidade da Rocinha da Divineia. A vítima estava na porta de casa. A PM afirmou que policiais da 36ª CIPM foram recebidos a tiros e reagiram, iniciando uma troca de tiros que terminou com a morte de Alex.

"Eles estão dizendo que meu filho era traficante, que tinha vulgo. Eu quero provas", disse o pai de Alex, em entrevista à TV Bahia, na ocasião. "Eu quero justiça. E quem tá falando que meu filho tinha vulgo vai ter que provar, vai ser processado", acrescentou ele. Alexandre afirmou ainda que não houve troca de tiros, e o filho, que era entregador, estava indo pegar uma mochila para iniciar o trabalho da noite quando foi baleado.

Já no dia 9 de julho, o funcionário terceirizado da Embasa Welson Figueiredo Macedo, de 28 anos, foi morto durante uma ação da Polícia Militar no bairro de Castelo Branco, na capital. O jovem trafegava em uma moto voltando para casa depois de deixar um colega em casa quando foi baleado após a abordagem policial por agentes da 47ª CIPM. A Polícia Civil solicitou novas perícias e aguarda o resultado dos laudos enquanto a PM disse que uma sindicância foi instaurada pela Corregedoria da corporação, para apurar se houve excesso cometido pelos policiais envolvidos no caso.

Um mês antes, o estudante Kauan Santiago dos Santos, de 16 anos, foi morto numa ação da Polícia Militar no bairro de Narandiba. Segundo parentes à época, que preferiram não se identificar, a vítima estava na porta da casa do pai quando policiais da 23ª CIPM chegaram atirando.

A versão da polícia conta que os agentes realizavam o policiamento preventivo quando visualizaram vários homens armados na Travessa Ubatã, no bairro de Narandiba, e que, ao perceberem a aproximação dos PMs, dispararam contra os militares, sendo necessário o revide", informou a corporação, em nota.

A PM acrescentou que "após os tiros, um homem foi encontrado ferido, sendo socorrido de imediato para o Hospital Geral Roberto Santos, onde não resistiu aos ferimentos. Com ele foi encontrado um revólver calibre 32 e uma porção de maconha. Todos os materiais apreendidos foram apresentados na sede do DHPP, onde a ocorrência foi registrada", ainda segundo a versão da PM. A família contestou, informando que os criminosos correram na direção de Kauan e conseguiram fugir dos policiais, mas o adolescente, não.