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Bruno Wendel
Publicado em 9 de março de 2025 às 17:00
Tudo leva a crer que os tiros que mataram o investigador da Polícia Civil Marcus Vinicius Peixoto Carrete eram para um dos homens sequestrados no dia 18 de janeiro deste ano em Mata de São João. Ele estava momentos antes no quiosque em Stella Maris, onde o agente foi assassinado neste sábado, 8. Em janeiro deste ano, o suposto alvo, na companhia de um argentino, saiu de Praia do Forte para beber na localidade de Manguezal, onde foram retirados de um bar e levados para uma área de mata para serem julgados à morte do "tribunal do crime". Ambos foram salvos pela Polícia Militar. >
De acordo com policiais, o homem, que faria parte de uma facção, é parente de um dos comerciantes do local, o que justificaria o monitoramento dele no sábado, por integrantes de um grupo rival. Um dos comparsas, que estava há mais tempo na praça da Alameda Praia de Guarapari, teria informado que o alvo estava no local. As características teriam sido passadas para o executor, morto horas depois em confronto com a polícia na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Ele chegou em Stella Maris em um carro de aplicativo Renault Logan branco, conduzido por uma mulher, presa posteriormente. >
O suposto alvo tem pele branca, cabelo baixo, características físicas semelhantes à do policial, que assistia uma partida de futebol. "Marcus Vinícius nem tinha um ano de polícia e fazia parte do SAER (Serviço Aeropolicial da Polícia Civil). Ele pilotava drones. Não era uma pessoa que estava no combate diário, como muitos outros. Por isso que não tem nada a ver com a atuação dele. Certamente, foi morto por engano", declara um agente. >
Segundo a Polícia Civil, o investigador foi morto a tiros na noite deste sábado, 8, em uma praça no bairro de Stella Maris. O suspeito fugiu após efetuar os disparos, com ajuda de uma outra pessoa em um carro, que foi abandonado em seguida. >
"As investigações estão avançadas. A Polícia Civil seguiu com oitivas e diligências durante a noite e a madrugada e conseguiu encontrar o veículo e identificar três pessoas envolvidas no crime. Uma delas foi presa em flagrante. Foram apreendidas duas armas de fogo e celulares. Diligências continuam em busca de um quarto suspeito", diz nota da PC. >
Ainda segundo a nota, "até agora as investigações revelaram que o policial civil foi morto porque teria sido confundido com um homem que seria o alvo dos criminosos. Integrando nossa instituição desde abril de 2024 e natural do Rio de Janeiro, Carrete exerceu sua função com bravura, dedicação e compromisso com a segurança pública. Neste momento de dor, a Polícia Civil da Bahia se solidariza com os familiares, amigos e colegas de trabalho, desejando força para enfrentar essa irreparável perda", diz o documento. >
Marcus Vinicius era lotado no Serviço Aeropolicial (SAER), vinculado à Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). >