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Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia morre aos 65 anos

Kardé Mourão enfrentava problemas de saúde

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 30 de março de 2025 às 07:54

Kardé Mourão
Kardé Mourão Crédito: Reprodução

A jornalista Kardelícia Mourão Lopes, conhecida carinhosamente como Kardé Mourão, morreu aos 65 anos A informação foi divulgada neste domingo (30). A causa da morte foi um câncer - durante o tratamento, ela precisou tirar parte do intestino, bexiga e o útero e acabou não resistindo às complicações. 

Ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) entre 2004 e 2010, Kardé também atuou como diretora da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e foi assessora de imprensa do Conselho Regional de Farmácia da Bahia. Sua atuação no movimento sindical e na comunicação deixou um legado significativo, sendo lembrada como uma defensora da ética e da valorização profissional.

O sindicato divulgou nota lamentando a perda da "companheira aguerrida", afirmando que a morte de Kardé deixa "um rastro de tristeza e sentimento de irreparável perda em todos nós" e ressaltou que ela "dedicou parte considerável de sua vida à luta dos jornalistas por melhores salários, condições de trabalho, respeito e dignidade". 

O falecimento da jornalista foi lamentado por colegas e nomes como a deputada estadual Olívia Santana (PCdoB), que emitiu uma nota de pesar. "É com profundo pesar que nos solidarizamos com a família, amigos e colegas da jornalista Kardelícia Mourão Lopes. Seu compromisso incansável com a valorização profissional e a liberdade de expressão deixa um legado inestimável para o jornalismo baiano", afirmou a deputada.

A deputada federal Lídice da Mata também lamentou a perda. "Hoje o Jornalismo Baiano escreve uma página triste. A categoria perde a sua eterna presidente Kardé Mourão, mulher de muita luta em defesa dos direitos daqueles que tinham a sua profissão. Por muitos anos, sua imagem se confundiu com a do Sinjorba e sua defesa intransigente do diploma de jornalista era uma das suas bandeiras, assim como a defesa da democracia e o combate ao fascismo. Kardé, você estará sempre presente", escreveu. 

O presidente do Sinjorba, Moacy Neves, disse que a morte de Kardé será difícil de ser superada. “Tenho nessa companheira e líder uma referência que jamais será substituída; foi ela quem me apresentou os caminhos da luta dos jornalistas, me incentivou, orientou e apoiou para continuar firme no fortalecimento do Sindicato e de nossa categoria”, disse.

Formada em Jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Kardé também se destacou pelo trabalho realizado no Departamento de Comunicação do Sindicato dos Bancários da Bahia. Ela também trabalhou na TV Aratu, foi assessora de imprensa da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central das Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil (CTB), APLB-Sindicato e Sindicato dos Trabalhadores em Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba), entre outras entidades sindicais onde trabalhou. Integrou a comissão da Fenaj que formulou o primeiro Manual de Assessoria de Imprensa do Brasil, em 1985. Atualmente, era autônoma.

Durante o trabalho no Conselho Regional de Farmácia foi demitida durante seu mandato sindical, numa ação considerada arbitrária e ilegal pela Fenaj, que denunciou a violação de seus direitos trabalhistas e sindicais, relembrou o Sinjorba. A entidade classificou Kardé como um dos nomes mais significativos de sua história. "Participou das diretorias da entidade entre 1998 e 2010 e, mais recentemente, de 2019 e 2025. Foi também dirigente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), cumprindo como última tarefa a participação na Comissão Nacional de Ética (2019-2022), como a conselheira mais votada pelos colegas".

Antes de seu falecimento, a jornalista havia sido internada no Hospital Roberto Santos, em Salvador, e familiares e amigos chegaram a fazer campanha nas redes sociais por doação de sangue. Kardé deixa a mãe, filho e neto, além de irmãos, sobrinhos e amigos.