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Moradores fazem protesto pela revitalização do Solar Boa Vista

Prédio fica no Engenho Velho de Brotas e está abandonado desde que foi atingido por um incêndio em 2013

  • Foto do(a) author(a) Gil Santos
  • Gil Santos

Publicado em 4 de janeiro de 2025 às 18:11

Manifestação ocorreu em frente ao casarão abandonado Crédito: Binho Gomes/ Divulgação

Moradores, comerciantes e artistas do Engenho Velho de Brotas, em Salvador, fizeram uma manifestação no bairro, neste sábado (4). Eles cobram a reforma do casarão e do Parque Solar Boa Vista, um patrimônio histórico que pertence ao Governo do Estado e que está abandonado desde que sofreu um incêndio, há 12 anos.

O grupo segurou cartazes em frente ao prédio e cobrou ações efetivas do governo para a requalificação do edifício, uma estrutura do século XVIII, e também a reforma do entorno. Desde 2013, o local tem acumulado sujeira, insetos e vegetação, além de provocar insegurança na região.

O Parque Solar Boa Vista foi moradia do poeta baiano Castro Alves e, em 1869, foi comprado pelo governo da Bahia. Desde então, o prédio foi sede do Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira e, depois, da Prefeitura de Salvador. Em janeiro de 2013, o local abrigava a Secretaria Municipal da Educação quando foi destruído por um incêndio. A suspeita é de que um curto-circuito provocou as chamas que consumiram parte do edifício.

Segundo testemunhas, desde esse episódio o local ficou abandonado. Em 2023, outro incêndio, desta vez na vegetação que cresceu no entorno do prédio, assustou os moradores e mais protestos foram realizados. Integrantes do Coletivo Nosso Engenho, entidade criada em 2014 e que defende os interesses da comunidade, informaram que no decorrer dessa década enviaram ofícios e uma carta para a Secretaria Estadual de Cultura (Secult), que receberam algumas promessas, mas que o local permanece abandonado.

Neste sábado, os manifestantes cobraram ações para restaurar o casarão, medidas para preservar a história e cultura do local e a revitalização do Solar Boa Vista. Desde 1943, o parque é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Procurada, a Secult ainda não se manifestou.