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Gilberto Barbosa
Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 21:28
Apresentando 21 roteiros de curta metragem escritos por moradores da periferia de Salvador, o livro “Dos filmes que ainda não fizemos – Narrativas Soteropolitanas” foi lançado na manhã desta sexta-feira (20) durante um evento realizado no foyer do Espaço Cultural Boca de Brasa de Cajazeiras.
"Conseguimos reunir boa parte dos autores e vimos o teatro repleto ali de pessoas para participar do lançamento do livro, que foi o coroamento de todo esse processo. Acho que o principal registro de hoje foi o encontro de pessoas tão talentosas daqui de Salvador, que se dedicaram a escrever suas histórias e que estavam reunidas no Boca de Brasa. Foi uma confraternização de mentes e de pessoas talentosíssimas que tem em Salvador esse livro registra essas histórias. É um livro lindo, que mostra a criatividade das pessoas da nossa cidade", exaltou a produtora executiva do projeto, Carolina Gomes.
A publicação é resultado de duas oficinas de roteiro realizadas com os moradores da capital. Os textos foram desenvolvidos durante as aulas, com uma delas sendo realizada em Cajazeiras e a outra pela internet. Os livros estarão disponíveis para leitura em bibliotecas e escolas públicas de Salvador até o final de dezembro nos formatos e-book, audiolivro e livro em braile.
“O projeto gerou um impacto positivo para dezenas de jovens e adultos soteropolitanos, com destaque para a comunidade de Cajazeiras. Temos certeza de que essa oficina potencializou a inserção de contadores de histórias, da cidade do Salvador, na indústria criativa da cidade Estamos contentes com o resultado, nossa meta foi alcançada”, comentou Caroline.
Uma das participantes da oficina foi a publicitária Cristiane Almeida. Moradora de Cajazeiras, ela diz que a oficina foi uma porta de acesso ao mercado. “Após fazer o curso, me aproximei mais do setor audiovisual e realizei diversos trabalhos na área, incluindo projetos de grande porte”, disse.
Para o comunicador Jair Leal um dos grandes desafios foi passar a conhecer os aspectos técnicos do roteiro. “Entender o universo audiovisual e conseguir, com a orientação dos professores, finalizar uma história real, com personagens fictícios, e resgatar a memória de um povo afrobrasileiro, dentro do meu país Cajazeiras, não tem preço”, ressaltou.