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Esther Morais
Publicado em 7 de abril de 2025 às 13:12
Seis meses. Este é o tempo em que o corpo da trancista Tainara Santos está desaparecido. A vítima foi vista pela última vez em 9 de outubro, no município de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, na companhia do ex, George Anderson. Desde então, não há evidências sobre seu paradeiro e, segundo a advogada de defesa da jovem, ela já foi dada como morta. >
O caso já é entendido como feminicídio com ocultação de cadáver, extorsão e descumprimento de medida protetiva. O principal suspeito, George, está preso, mas ainda haverá o julgamento. >
Familiares e amigos da trancista Tainara Santos vão se reunir na próxima quarta-feira (9) para protestar cobrando justiça. "Vai ser uma despedida, porque é muito sofrível. A família não teve acesso ao corpo da filha, não conseguiram enterrar, fora o desespero das filhas que ficam perguntando 'minha mãe vai voltar?'", lamenta a advogada Laina Crisóstomo. >
Os depoimentos dão conta de que o casal vivia um relacionamento abusivo e o homem proferiu diversas ameaças contra a vítima ao logo do namoro, incluindo ameaças de morte. A trancista tinha uma medida protetiva ainda vigente contra o ex no dia do crime. >
"O irmão a viu com o ex e percebeu que o comportamento estava diferente. Eles chegaram a ir num cartório para ela passar o nome da casa dela para ele. Depois, Tainara não foi mais vista", diz a advogada. >
"Ele trocou o depoimento várias vezes, chegou a dizer que ela foi sequestrada, mas a verdade é que há provas de que ele era violento com ela há muito tempo. Houve quebra de sigilo no processo e foram encontradas mensagens dele a chamando de vadia. Ele não aceitava o término. Ameaçava matar ela e a família, bateu na mãe dela", detalha. >
Tainara tinha duas filhas, uma delas, de apenas 2 anos, fruto do relacionamento com George. As crianças estão sob tutela da avó. O caso já foi investigado pela Polícia Civil e o Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou George, que está detido em Feira de Santana. >
As informações foram confirmadas pelos advogados da família e a reportagem procurou as autoridades para ter mais detalhes da situação. A defesa do acusado não foi localizada. O espaço segue aberto. >