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Médico é condenado por injúria racial e levado para presídio em Itabuna

Obstetra foi sentenciado a 4 anos e 2 meses de prisão. Ele respondia em liberdade após pagar fiança por injúria racial cometida contra servidora pública

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 22:16

Médico é levado para Conjunto Penal de Itabuna Crédito: Reprodução/TV Bahia

O médico obstetra Luís Leite, morador de Itabuna, no sul da Bahia, foi condenado a 4 anos e 2 meses de prisão por cometer crime de injúria racial. Ele foi levado, nesta sexta (25), ao conjunto penal do município. As informações são da TV Bahia.

Segundo o processo, o médico Luiz Leite afirmou que uma servidora de uma clínica, que é uma mulher negra, era bonita "por ter sangue branco".

O médico respondia em liberdade por ter pago uma fiança de R$ 14 mil após prisão em flagrante em fevereiro deste ano. Ele cometeu o crime, equiparado ao crime de racismo, contra uma auditora que prestava serviços para a Secretária de Saúde do Estado na Maternidade Otaciana Pinto, mesma clínica em que Luís trabalhava.

Ainda segundo a TV Bahia, agora com o crime transitado em julgado, por sentença do juiz Eros Cavalcanti, o médico está preso, sem direito de recurso.

Injúria racial

A Injúria racial é um crime que consiste em ofender uma pessoa de forma direcionada, com base em características como raça, cor, etnia, religião ou origem. O crime está previsto no artigo 140, inciso 3º, do Código Penal brasileiro.

A partir da Lei 14.532/2023, publicada em janeiro do ano passado, o crime de injúria racial se equiparou ao crime de racismo. Com isso, a pena tornou-se mais severa com reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Hoje, não cabe mais fiança e o crime é imprescritível.