Marcelo Werner diz que Bahia teve queda em todos índices criminais em 2023

Secretário de Segurança afirmou que foco da pasta é em ações de inteligência

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Publicado em 18 de junho de 2024 às 12:42

Marcelo Werner assumiu a pasta em janeiro deste ano
Marcelo Werner assumiu a pasta em janeiro deste ano Crédito: Alberto Maraux/SSP

O secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, afirma que houve uma queda em todos os índices criminais no estado em 2023. A declaração foi dada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (18), após divulgação do Atlas de Violência, estudo que apontou a Bahia como a unidade federativa mais violento do país

"Respeitamos todo e qualquer tipo de pesquisa, mas nós fazemos o nosso trabalho estatístico aqui, inclusive fizemos no ano passado. O Atlas traz dados de 2022. Eu posso trazer informações do ano de 2023 e do ano de 2024", disse o titular. Segundo a pasta, em 2024, de 1° de janeiro a 15 de junho, as mortes violentas tiveram redução de 11%. No ano de 2023, na comparação com 2022, as mortes violentas recuaram 6%.

"Diminuiu o número de mortes violentas, crimes violentos contra o patrimônio, roubo, furto, roubo de instituições bancárias e veículos também. Nós pegamos as informações e continuamos trabalhando, focados em integração, em transporte de segurança, em ações de inteligência e em inovação", declarou. 

A SSP destacou ainda que Polícia da Bahia apreendeu 80 fuzis, localizou 81 líderes de facções, retirou das ruas 15 toneladas de drogas, apreendeu 9 mil armas de fogo e capturou 26 mil criminosos. Na parte de investimento, 3.200 policiais militares e civis, além de bombeiros foram contratados.

Até 2022, pelo menos dez facções disputavam territórios em terra e na Baía de Todos-os-Santos, um espaço geográfico estratégico para a logística de transporte, fornecimento e exportação de drogas e armas. Ao seu redor, Salvador e Camaçari foram os municípios com maior número de tiroteios em 2022, segundo o Instituto Fogo Cruzado.

Além do PCC e do Comando Vermelho (CV), a Bahia contava com mais oito grupos criminosos fundados no próprio estado, que provocaram conflitos letais derivados de rupturas e alianças, como entre o Bonde do Maluco (BDM) e o PCC, aponta o Atlas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). 

"As ações do governo local até 2022 reproduziram o modelo falido de guerra às drogas, experimentado no Rio de Janeiro, com a explícita orientação para o confronto como estratégia política, na lógica do tiroteio, e não da investigação. Como consequência, a Bahia também lidera os índices de letalidade policial", afirma o estudo.