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Rodrigo Daniel Silva
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 15:44
Uma manobra do governo Jerônimo Rodrigues (PT) enterrou, na manhã desta terça-feira (27), a tentativa do deputado estadual aliado Fabrício Falcão (PCdoB) de ser candidato ao cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).
Sem apoio mínimo de 13 parlamentares para ser postulante ao TCM, Fabrício Falcão pediu que a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) o inscrevesse para competir pelo posto. Por enquanto, só há dois nomes na disputa: o deputado estadual Paulo Rangel (PT) e o ex-deputado federal Marcelo Nilo (Republicanos).
Nesta terça-feira, integrantes da Mesa Diretora - que é formada por oito deputados que ocupam cargos de vice-presidente/secretário e o presidente da Alba, Adolfo Menezes (PSD) - iriam se reunir para definir se Fabrício Falcão poderia ser candidato ou não. Mas uma articulação do governo Jerônimo Rodrigues fez com que não houvesse quórum para a reunião.
Para ter o encontro, era preciso ter, no mínimo, cinco deputados presentes. Mas apenas três compareceram: Marcelinho Veiga (União Brasil), Samuel Júnior (Republicanos) e Zó (PCdoB), além de Adolfo Menezes. Os dois primeiros são da bancada da oposição, que apoiava o desejo de Fabrício Falcão de ser postulante à Corte de Contas.
Ao CORREIO, Fabrício Falcão disse que ficou “triste” com a manobra do governo para rifá-lo da disputa: “Fico triste porque eu sou um dos deputados mais leais ao governo. Nunca faltei . Eu só queria ser candidato e me foi negado. É uma vergonha essa articulação política que fizeram”, declarou.
Com a saída de Fabrício Falcão, o governo tenta emplacar Paulo Rangel como conselheiro do TCM. Ele será o quarto nome do PT no tribunal, se tiver o nome aprovado pela Alba. São ligados ao partido na Corte de Contas: Ronaldo Sant'Anna, Aline Peixoto e Nelson Pelegrino.