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Mais de R$ 2 bi do crime organizado foram bloqueados este ano na Bahia

Operações resultaram em 67 prisões

  • Foto do(a) author(a) Monique Lobo
  • Monique Lobo

Publicado em 31 de dezembro de 2024 às 09:39

Operação teve apoio do Gaeco
Mais de 70 operações aconteceram em 65 municípios do estado Crédito: Divulgação/Polícia Federal

Mais de R$ 2 bilhões do crime organizado foram bloqueados pela Justiça a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA) este ano. Ao todo, foram deflagradas 75 operações em 2024, em 65 municípios do estado, segundo levantamento do órgão.

As operações resultaram em 67 prisões, 350 mandados de busca e apreensão cumpridos e R$ 240 mil em espécie apreendidos. Tudo isso para frear a escalada crescente das organizações criminosas e reduzir o alto índice da letalidade policial na Bahia, resultante das ações de grupos milicianos e de extermínio com participação de policiais criminosos.

Nos últimos dois anos, a atuação dos grupos de atuação do MP-BA resultou em 36 operações contra policiais investigados por ações criminosas, principalmente pelos crimes de homicídios, fraude processual e formação de grupo de extermínio. O número de policiais denunciados criminalmente saiu de 36, no biênio 2021 e 2022, para 156 no período de janeiro de 2023 a dezembro de 2024, um aumento superior a 330%.

No sistema prisional, foram pelo menos dez operações desta natureza neste ano, com apreensões de centenas de aparelhos celulares, armas perfurantes e outros elementos ilícitos, aponta o MP-BA.

Relembre algumas operações:

“Operação Angerona”: Deflagrada no Conjunto Penal de Feira de Santana (CPFS), maior Unidade Prisional do Estado da Bahia, com cerca de 1.950 presos, distribuídos em 11 pavilhões. Como resultado, 31 presos líderes de facções criminosas foram transferidos para outras unidades prisionais, para desarticular a comunicação com comandados.

“Operação Falta Grave”: Quatro agentes penais foram presos preventivamente por crimes de corrupção e associação criminosa, durante a deflagração da ‘Operação Falta Grave’. Os servidores eram lotados na Casa do Albergado e Egresso (CAE) em Salvador (três em atividade e um recentemente aposentado) e, de forma contínua e sistêmica, vinham há anos cobrando valores dos internos da CAE para viabilizar o pernoite ou fins de semana fora da unidade penal. Eles foram denunciados pelo MPBA.

“Operação Patrocínio Indigno”: Três pessoas envolvidas com tentativas de atrapalhar investigações relacionadas a um grupo miliciano com atuação na região de Feira de Santana foram presas preventivamente. Uma dela foi o advogado de um dos presos na ‘Operação El Patrón’. Os outros dois alvos foram um investigado já preso no município de Serrinha e uma mulher, esposa do detento. A operação cumpriu ainda mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos, no escritório de advocacia localizado em Feira de Santana e numa cela do Conjunto Penal de Serrinha.

“Operação Fogo Amigo”: 18 pessoas foram presas, entre elas empresários e policiais, por integrar organização criminosa especializada na venda de armas e munição ilegais para facções de Alagoas, Bahia e Pernambuco. Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra agentes de segurança pública, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores), empresários e lojas de comercialização de armas de fogo, munições e acessórios.

“Operação Kariri”: foram cumpridos sete mandados de prisão e 20 mandados de busca e apreensão contra envolvidos com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Também foi determinado pela Justiça o bloqueio de contas bancárias e imóveis, que totalizam cerca de R$ 50 milhões, incluindo seis imóveis de alto padrão e cinco fazendas, localizados nos estados da Bahia e Pernambuco.

“Operação Premium Mandatum”: 35 integrantes de organizações criminosas, entre eles sete lideranças de facções criminosas, foram alvos. Foram cumpridos dezenas de mandados em 14 municípios do interior baiano e da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e na cidade pernambucana de Petrolina. As lideranças, que já cumpriam pena no Presídio de Juazeiro, comandavam ações de tráfico de drogas e de armas e orquestravam execuções em todo o estado de dentro da unidade penitenciária. Do total de mandados, 28 foram cumpridos no sistema prisional. As prisões ocorreram nos municípios de Sento Sé, Gandu, Feira de Santana, Brumado e Petrolina.

Operações simultâneas: Oito policiais militares foram alvos de três operações deflagradas simultaneamente em dezembro: “Anunciação”, “Faxina” e “Choque de Ordem”. Foram cumpridos três mandados de prisão e dez de busca e apreensão nos municípios de Jequié, Ilhéus e Lafaiete Coutinho. Dois policiais foram presos em Jequié e um em Ilhéus, sendo que dois deles também foram presos em flagrante por posse de drogas. Foram apreendidos simulacros de arma de fogo, armas, munições, dinheiro em espécie, celulares, aparelhos eletrônicos, balança de precisão, drogas, dentre outros objetos de interesse das investigações.