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Mais de mil casas já foram entregues pelo 'Morar Melhor' só em Valéria

Mais de 150 residências foram reformadas na comunidade de Nova Canaã

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 19:12

Entrega foi realizada nesta segunda-feira (20) Crédito: Valter Pontes/ Secom PMS

O bairro de Valéria, na capital baiana, já chegou à marca de 1.078 habitações requalificadas pelo programa Morar Melhor, em 10 anos de existência. Na manhã desta segunda-feira (20), mais 150 residências foram entregues pelo prefeito Bruno Reis, na comunidade de Nova Canaã. 

Durante a celebração de entrega, Reis destacou a forte presença do projeto e o impacto para a população da comunidade. “Das 55 mil casas reformadas nos últimos 10 anos, mais de 1 mil estão aqui nesta localidade. O Morar Melhor é um programa extraordinário, e é sem sombra de dúvidas o programa mais desejado e mais pedido pelas pessoas. Por onde quer que a gente ande nessa cidade, as pessoas pedem pela chegada do Morar Melhor, e as inaugurações são sempre assim, muito emocionantes”, afirmou.

O programa é responsável por realizar reformas estruturais e oferecer melhores condições de moradia para as famílias, promovendo melhorias como pintura, troca de portas e janelas, revestimento de paredes, telhados e instalações elétricas. Os próprios moradores escolhem quais serviços serão realizados.

Uma das beneficiadas com as novas reformas é Márcia Maria dos Santos Reis, de 46 anos, que mora com os três filhos: Rute (22 anos), Davi (21) e Noemi (14). Viúva, ela sustenta a família com a pensão deixada pelo esposo. Antes das reformas a sua casa sofria com infiltrações graves e não possuía rede elétrica adequada, com fiações expostas. Além disso, não tinha reboco e nem pintura.

Márcia Maria dos Santos Reis Crédito: Valter Pontes/ Secom PMS

“Eu creio que foi a permissão de Deus, ter a minha casa escolhida. Se colocassem apenas a minha porta e a janela da frente, como eu precisava, eu já ia ficar muito feliz. Mas, fizeram muito mais. Eu fiquei muito contente. Eu só tinha energia mesmo na cozinha e na sala, porque nos outros cômodos não tinha. Agora, tá em tudo”, comemorou Márcia.

Impacto social

O prefeito Bruno Reis lembrou que, nos últimos 10 anos, o Morar Melhor não foi o único programa municipal a beneficiar a população de Valéria. “No passado, esta área da cidade queria pertencer ao município de Simões Filho, porque a Prefeitura de Salvador não se fazia presente aqui. Não tinha equipamentos públicos, aqui a coleta de lixo mal chegava e a iluminação não atendia aos moradores. Nós mudamos essa realidade ao longo da última década”, lembrou.

“Valéria é testemunha das transformações que nós realizamos em Salvador nos últimos anos, desde a abertura de uma grande via, a Via Bronze, para ligar Nova Brasília de Valéria a Valéria e, naturalmente, à BR-324. Onde não tinha asfalto agora tem asfalto, a iluminação é toda em LED, temos várias praças inauguradas, vários campos com grama sintética e vários equipamentos públicos, como escolas e postos de saúde. Porém, não tem nada mais importante para o ser humano do que a sua casa, e aí a Prefeitura consegue chegar tocando no coração das pessoas através do Morar Melhor”, completou Bruno.

Francisco Torreão, titular da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), pasta responsável pelo programa, lembrou que, além das reformas, as famílias são inseridas nos programas sociais do município.

“Esse programa muda a vida das pessoas trazendo dignidade, aumenta a autoestima da família. Antes da execução das obras, a gente tem um trabalho super importante, que é o trabalho de identificação dessas casas com um time, um time do cadastro, composto por uma equipe de assistentes sociais e psicólogos preparados. Neste trabalho de identificação, a gente acaba percebendo muitas necessidades, sendo uma porta de entrada da Prefeitura para outros serviços de saúde, educação e assistência social”, disse Torreão.

A seleção segue critérios como precariedade dos bairros, baseado em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e na observação de campo; áreas com maior predominância de domicílios com alvenaria sem revestimento; com maior predominância de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e com maior incidência de mulheres chefes de família, entre outros requisitos. Não são contemplados imóveis em situação de risco, imóveis de aluguel ou famílias que apresentem renda superior a três salários mínimos.