Mais de cinco mil estudantes estão sem aulas devido a operação policial em Valéria

Além da suspensão das escolas municipais, quatro postos de saúde também estão com o funcionamento suspenso

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  • Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2023 às 17:01

Operação no bairro de Valéria, em Salvador
Operação no bairro de Valéria paralisa escolas e postos de saúde, em Salvador Crédito: Alberto Maraux/ Ascom-SSPBA

Nesta sexta-feira (15), devido a sensação de insegurança na região em que ocorre a operação policial as escolas municipais da região do Subúrbio suspenderam as atividades, segundo a Secretaria Municipal da Educação (SMED). Atualmente, 5.864 alunos estão sem aula.

De acordo com a SMED, as escolas municipais Professora Olga Mettig, Agripiniano de Barros, Manuel Henrique da Silva Barrada, Paulo Mendes de Aguiar, Senador Antônio Carlos Peixoto Esther Félix da Silva, Fazenda Coutos, Sto. Antonio das Malvinas, Professor Antonio Pithon Pinto, Graciliano Ramos, Ítalo Gaudenzi, Darcy Ribeiro, Escolab 360, Cmeis Abdias Nascimento, Educar é Viver e Paulo Bispo Braz, estão com as atividades suspensas.

A Secretaria Municipal do Estado foi procurada para saber quantas escolas estaduais estão com atividades suspensas, mas não houve resposta até o momento.

Também estão fechados os quatro postos de saúde localizados na região de Valéria. Segundo a Secretária Municipal de Saúde (SMS), devido ao horário de funcionamento dos postos (08h às 17h) nenhum deles foi aberto nesta sexta-feira (15).

Entenda mais sobre a operação "Fauda"

Nesta sexta-feira (15), equipes das Polícias Federal, Militar e Civil cumprem ordens judiciais no bairro de Valéria, na capital baiana, à procura de foragidos, armas, munições e entorpecentes. Cerca de 100 policiais participam da operação. Após o confronto desta manhã, quatro criminosos foram mortos, incluindo Uélisson Neves Brito, o "Cara Fina", que integrava o "Baralho do Crime".

O policial federal Lucas Caribé Monteiro, 42 anos, também morreu no confronto. Ele estava há dez anos na corporação, era casado e não tinha filhos. Uma polícia federal foi baleada, socorrida para o Hospital Geral do Estado (HGE) e já recebeu alta médica. Já o policial civil Cockton Carvalho passou por uma cirurgia no olho e segue internado. Ele corre o risco de perder a visão.