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Da Redação
Publicado em 22 de julho de 2024 às 10:09
Na manhã desta segunda-feira (22), mais de 200 pescadores de todas as regiões da Bahia ocuparam a Superintendência do Patrimônio da União da Bahia (SPU), no Comércio. Dentre os pontos de pauta, os profissionais reivindicam a regularização fundiária dos territórios e comunidades pesqueiras e fiscalização da ocupação das praias. Segundo eles, os problemas têm provocado instabilidade, violência, ameaças de expulsão e mortes.
Raimundo Siri, representante da comunidade pesqueira de Cova da Onça, em Boipeba, chama atenção que muitos territórios lutam há mais de 10 anos pela regularização fundiária. “A SPU sempre vem com a desculpa que está sem capacidade de olhar nossos pedidos por falta de funcionários. Precisamos que esses pedidos sejam analisados, para que possamos continuar a lutar pelas nossas comunidades”, disse.
Já o pescador Lucimario dos Santos, representante da comunidade de Pratigi, no Baixo Sul, fala que dois indicativos do movimento são a abertura dos caminhos tradicionais de pesca e que as comunidades pesqueiras e quilombolas tenham o direito de opinar sobre a chegada de novos empreendimentos, para que eles não sejam nocivos àqueles que vivem e sobrevivem da pesca e mariscagem artesanal.
“A chegada desenfreada e sem fiscalização da SPU tem interferido na nossa subsistência, no nosso estilo de vida. É importante que o órgão desenvolva protocolos de consulta”, pontua Lucimario.