Lula faz cortejo do 2 de Julho ao lado de aliados, que ficam ofuscados

Presentes fizeram referência ao presidente, mas ignoraram autoridades estaduais

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  • Wendel de Novais

Publicado em 2 de julho de 2024 às 19:47

Lula desfiliu ao lado da primeira-dama Janja
Lula desfilou ao lado da primeira-dama Janja Crédito: Joá Souza/GOVBA

Para além da celebração da Independência do Brasil na Bahia, o 2 de Julho serve como um termômetro para os políticos que ‘botam o bloco na rua’. Na festa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o ponteiro que mediu a temperatura, oscilando entre aplausos e vaias em carro aberto por pouco mais de 30 minutos do Largo da Soledade até o Barbalho, sem concluir todo o percurso.

Em algumas partes do trajeto, o tradicional 'olê, olê, olá' que saúda Lula era presente. Em outras, as vaias dominavam as manifestações direcionadas a ele. Seja em apoio ou crítica, onde a comitiva petista passava, os gritos faziam referência ao presidente e ignoravam as autoridades estaduais que estavam em sua companhia. Ao lado de Lula, estavam o governador Jerônimo Rodrigues (PT), a primeira-dama do País, Janja, o vice Geraldo Júnior (MDB), que é pré-candidato a prefeito de Salvador, e Fabya Reis (PT), que sairá na chapa como postulante a vice. Para os dois últimos, porém, não se ouviu gritos, mesmo sendo pré-candidato.

No Largo da Lapinha, Jerônimo deu destaque para a presença do presidente pelo terceiro ano seguido no festejo. "É uma referência para nós porque se trata de um presidente reconhecendo uma festa da luta do povo baiano em nome da independência do Brasil", ressaltou. Lula esteve na festa em 2022, ano das eleições presidenciais, e repetiu a agenda no ano passado.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, o senador Jaques Wagner, ambos do PT, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, também marcaram presença no festejo.

Lula desfilou em carro ao lado da primeira-dama Janja Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Antes de participar do desfile, Lula concedeu entrevista à rádio Sociedade. Ele declarou apoio a Geraldo Jr. Também disse que, no caso de concorrer à reeleição, não terá receio de sofrer discriminação por conta da idade. Ele tem 78 anos e, em 2026, completará 81 anos durante a campanha eleitoral. Esta é a idade de Joe Biden, presidente dos EUA, que foi criticado pelo desempenho no debate contra Donald Trump, seu adversário na eleição americana.

“Somente o Biden pode dizer se ele pode concorrer ou não. Eu não tenho condições de dar palpite”, acrescentou.