Acesse sua conta

Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Recuperar senha

Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre

Alterar senha

Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.

Dados não encontrados!

Você ainda não é nosso assinante!

Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *

ASSINE

Líder do CV preso em Pernambuco foi condenado por matar criança de 6 anos em Salvador

Traficante tinha atuação nos bairros de Pero Vaz e Santa Mônica

  • Foto do(a) author(a) Gilberto Barbosa
  • Gilberto Barbosa

Publicado em 22 de abril de 2024 às 13:46

Uelquer faz parte  do Baralho do Crime, da SSP
Uelquer faz parte do Baralho do Crime, da SSP Crédito: Divulgação/SSP-BA

Uelquer Silva de Araújo, o ‘Porquinho’, líder do Comando Vermelho (CV) que foi preso no último domingo (21) em Pernambuco, foi condenado em 2019 pela morte de Stephany Silva de Jesus, 6 anos. O caso aconteceu no dia 28 de setembro 2008, no bairro da Santa Mônica, em Salvador. A vítima foi atingida com dois tiros na cabeça durante um ataque direcionado ao seu irmão.

A reportagem teve acesso aos autos do processo. No documento, as testemunhas relataram que Stephany estava em frente a um bar na 2ª Travessa Mário Alves, com a família, quando ‘Porquinho’ entrou no local acompanhado de um comparsa e atirou contra seu irmão, Emerson Xavier dos Santos Filho. A rua estava cheia no momento do ataque, devido à realização de um bingo no local.

Emerson foi atingido com tiros de raspão na orelha e nas nádegas, mas conseguiu fugir do local e sobreviveu. No entanto, dois tiros acertaram a cabeça de Stephany que foi levada para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde faleceu após cinco dias internada. O comparsa também estava armado, mas a arma não disparou. O ataque teria sido motivado por vingança, já que Emerson teria se envolvido em uma briga durante uma festa no bairro da Liberdade, no dia anterior.

“O depoente estava juntamente com Emerson e outras pessoas sentado na rua [...] quando chegaram Rogério e Porquinho [...] armados e mandaram Emerson se levantar e ir ao beco; Emerson disse que não devia nada a ninguém [...] levantou-se, fez que iria acompanhar Rogério e Uelquer, mas saiu correndo, momento em que [...] passaram a deflagrar tiros [...] que atingiram Estafani e Emerson. Quando viu que a menina estava agonizando, Uelquer disse: “matei a menina”, e saiu em fuga”, diz um trecho dos autos do processo.

Na época, Uelquer foi denunciado pelo Ministério Público (MP) pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Ele chegou a ser detido em 2009, mas respondeu o processo em liberdade. Em novembro de 2019, foi condenado a cumprir 17 anos e dois meses de prisão pelos crimes. Ele já era procurado pela Justiça devido a uma outra condenação por tráfico de drogas, em 2015. No último dia 16 de abril, foi adicionado ao Baralho do Crime, da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA).

“Quanto ao crime de Homicídio consumado, os senhores jurados, responderem, também, afirmativamente, por maioria de votos (quatro), aos quesitos de autoria e materialidade. Enjeitaram, os senhores jurados, por maioria de votos (quatro), a alegação do erro de execução na ação do réu quando atirou em via pública com a presença de diversas pessoas, reconhecendo que Uelquer Silva de Araújo assumiu o risco de produzir a morte de Stefany Silva de Jesus, como efetivamente ocorreu”, relata a sentença.

*Com orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro