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Wendel de Novais
Publicado em 24 de outubro de 2023 às 12:07
O detento Elivelton de Jesus Santos, que fugiu do Complexo Penitenciário Lemos Brito (PLB), em Salvador, no último sábado (21), e morreu em confronto com a polícia na noite de segunda-feira (23) em São Sebastião do Passé, era uma liderança da facção do Bonde do Maluco (BDM) com atuação na Região Metropolitana (RMS).
Assim como os traficantes Geleia e Cabeça, que fugiram junto com ele, Elivelton tinha uma posição de comando no grupo criminoso e acumulava crimes nos municípios de Camaçari, Candeias e São Sebastião do Passé, onde foi morto pela polícia após agentes da 10ª CIPM serem informados sobre a presença dele no local.
O traficante estava na localidade do Lamarão, depois de fugir de uma troca de tiros com a polícia em um bunker de drogas na cidade Candeias, onde os policiais encontraram meia tonelada de drogas, entre maconha, crack e cocaína. Além disso, foram apreendidos fuzis calibres 5.56 e 7.62, uma balança industrial, uma máquina para contar dinheiro, três rádios comunicadores, cinco aparelhos celulares e uma faca, além de milhares de munições.
Uma fonte da Polícia Militar da Bahia (PM-BA) indica que o armamento é robusto e usado, em geral, por líderes das facções. Para que se tenha ideia, o fuzil 5.56 tem a capacidade de atingir um alvo a 300 metros durante um confronto e tem o valor médio de R$ 17 mil. O fuzil 7.62, por sua vez, chega a custar R$ 14 mil e é um armamento de uso militar. Antes de efetuar a apreensão, os policiais civis foram recebidos a tiros.
Um investigador foi atingido e socorrido para uma unidade de saúde. Após ser medicado, recebeu alta médica. Já Elivelton conseguiu fugir. Em um cerco da Polícia Militar, em São Sebastião do Passé, ele acabou morrendo depois de levar um tiro no peito. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal Dr. Albino Leitão, mas não resistiu.
Além dos crimes de associação criminosa e tráfico de drogas, Elivelton foi indiciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por homicídio qualificado no ano de 2019.
Além disso, a ele é atribuído também um crime de latrocínio - roubo seguido de morte - no ano de 2017. O caso ocorreu em Abrantes e, durante um assalto a um casal, o criminoso matou uma mulher, que era esposa de um policial militar. O militar, que estava no momento do crime, também foi baleado por Elivelton, mas foi socorrido e resistiu aos ferimentos.