'Levaram a vida do meu filho na porta de casa': lamenta pai de vítima de latrocínio no Uruguai

João Vitor Santos Silva, 17 anos, estava voltando do trabalho quando foi morto por criminosos

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 15 de outubro de 2024 às 08:25

Roberto Teixeira da Silva é pai do adolescente João Vitor, morto na porta de casa
Roberto Teixeira da Silva é pai do adolescente João Vitor, morto na porta de casa Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

O adolescente identificado como João Vitor Santos Silva, de 17 anos, que foi morto a tiros no Uruguai, foi vítima de latrocínio na porta de casa. A vítima foi baleada no pescoço, de acordo com familiares. O caso foi registrado pouco antes das 20h de segunda-feira (14), quando João chegava em casa, na Rua Dez de Outubro. Ele chegou a ser socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Santo Antônio e acabou não resistindo.

Pai do adolescente, Roberto Teixeira da Silva contou que o filho estava voltando do trabalho e chegou a chamar por ele. "Levaram a vida do meu filho na porta de casa. João estava voltando do trabalho dele em um hortifruti da Rua Direta do Uruguai. Quando teve o barulho do tiro, em seguida, ouvi João gritar 'meu pai'. Na hora que saí na janela, ele já estava no chão. Corremos para levar ele na UPA e lá, depois de uns 60 minutos, veio a notícia que ninguém queria ouvir", conta.

Segundo familiares, a vítima foi atingida no pescoço pelo disparo realizado por um dos assaltantes. Roberto fala ainda que não chegou a ver os criminosos no momento em que foi dar socorro ao filho. "Eu ouvi só estouro e também um barulho de moto subindo. Apesar do povo ter falado e de ter saído rápido, não vi quantas pessoas tinha na moto, a cor da moto, não vi nada. Só vi meu filho no chão. Eu peguei ele na mesma hora, coloquei no carro, mas ele já foi desfalecido. Senti que ele já estava sem respiração", relata o pai.

Na UPA de Santo Antônio, a família relatou que João foi atendido de maneira imediata, sendo encaminhado para a sala vermelha do local. No entanto, por conta da área do corpo atingida pelo tiro, o jovem não resistiu. Tia de João, Iraci Teixeira da Silva afirma que o sobrinho perdeu muito sangue e explicou que ele não deve ter reagido a ação dos bandidos.

"João era um ótimo menino, muito tranquilo. Eu acho que, na verdade, ele deve ter se assustado com esses homens na moto. Não sei o que aconteceu direito, mas foi tudo muito rápido. Na hora, ele gritou e foi um desespero de todos aqui porque ele era muito querido. A gente ainda não consegue acreditar que isso ocorreu com ele", diz Iraci.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP - Salvador) investiga as circunstâncias da morte. Segundo a Polícia Civil, foram expedidas guias para perícia e remoção do corpo, enquanto diligências são realizadas com o objetivo de identificar a autoria e a motivação do crime.