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Carol Neves
Larissa Almeida
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 12:53
O preço dos kits de cadeira e sombreiro para usar na praia virou assunto de discussão em Salvador no meio de uma polêmica envolvendo a presença dos barraqueiros nas areias da cidade. Com o desenrolar do episódio, os trabalhadores estão cobrando até R$ 60. O CORREIO fez uma enquete no Instagram e 96% dos leitores consideraram que o valor não é justo. >
"Eu não pago. Levo meu kit de casa", escreveu um internauta."Cadeira: 60 reais. Minha canga belíssima: 0 reais", brincou outro. Ouro aproveitou para elogiar praias de estados vizinhos. "Está mais barato ir para Aracaju que as barracas são top e não paga nada", disse, citando a capital do Sergipe. Alguns leitores destacaram acreditar que o preço cobrado não deve ser o eixo do debate. "O debate é sobre o uso da faixa de areia. Barraqueiros colocam o preço deles: vai negociar conforme a demanda", opinou uma leitora. >
A enquete contabilizou votos de 2.804 pessoas até agora. >
Novos preços>
Mais de uma semana após a limitação dos serviços, a sensação dos banhistas é de que tudo aumentou de preço. Em média, o aluguel dos itens passou a custar R$ 60, mas teve gente pagando R$ 120 só para se abrigar do sol.>
O porteiro Tiago Assunção, 32 anos, escolheu passar o dia de folga na praia com a companheira e foi surpreendido pelo alto custo dos serviços. “Paguei R$ 60. Foram R$ 15 de cada cadeira e R$ 30 do sombreiro. O preço está salgado, mas a mulher me disse que está fazendo esse valor ‘no amor’, porque para outras pessoas o valor é R$ 20 pela cadeira e R$ 40 pelo sombreiro. Como eu sou velha guarda, ela tirou R$ 5 de cada cadeira”, conta.>
Segundo Tiago, antes da limitação dos sombreiros no Porto da Barra, ele costumava pagar R$ 7 pela cadeira e R$ 20 pelo sombreiro. O aumento de preço é explicado por um dos auxiliares de barraca, que não se identificou. “Só querem prejudicar os barraqueiros, então temos que aumentar o preço para pagar as contas. Vou fazer por mais de R$ 1 mil, se puder”, afirma.>