Lavagem da Estátua de Zumbi celebra Dia da Consciência Negra em Salvador

Celebrando a ancestralidade, a ação destaca os 20 anos da lei que institui o ensino da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas

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  • Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2023 às 17:23

No candomblé, a lavagem é considerada celebração à ancestralidade
No candomblé, a lavagem é considerada celebração à ancestralidade Crédito: Arisson Marinho/CORREIO

Foram mais de quatro horas para lavar a Estátua de Zumbi dos Palmares nesta segunda-feira (20). Em comemoração ao Dia da Consciência Negra, a 15ª edição da lavagem aconteceu na Praça da Sé, Centro Histórico, onde baianas utilizaram alfazema, água e flores durante o ato, pois no candomblé, a lavagem é considerada celebração à ancestralidade. Neste ano, a União de Negras e Negro pela Igualdade (Unegro) trouxe como temática os 20 anos da lei 10.639, que institui o ensino da História e Cultura Afro-brasileira nas escolas em busca de uma educação a antirracista.

Para Marina Duarte, Presidente Estadual da Unegro, “Zumbi é uma personalidade de luta para o movimento negro, junto com outras personalidades como Dandara, Aqualtune e Luiza Mahin, que foram fundamentais para o fim da escravidão. Esse ano queremos dar ênfase a importância da educação antirracista no nosso país. Acessar os espaços que nos foram negados, como a educação de qualidade, é reparação histórica para abrir portas e salvar vidas”.

A estátua foi inaugurada no Centro Histórico de Salvador em 2008 e é tida pelo movimento negro como símbolo de representatividade nacional, na luta contra o racismo e pela igualdade. Este ano, a lavagem contou com a participação das escolas públicas Padre José Vasconcelos e Abílio César Borges, e dos bairros de Sussuarana, Uruguai, Alto de Ondina e Pirajá, além do terreiro Egbé Okutá Lewá, também estava presente a secretária Ângela Guimarães da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI).