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Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 16:50
A mulher acusada de agredir com ataque racista e xenofóbico uma comerciante judia em Arraial D’Ajuda na última sexta-feira (2) foi alvo de medidas cautelares do Tribunal de Justiça da Bahia neste domingo (4).
Entre as medidas, a chilena Ana Maria Leiva Blanco terá de comparecer bimestralmente à Justiça, no prazo de seis meses, para informar e justificar suas atividades; está proibida de acessar ou frequência a loja da vítima, Herta Breslauer, ou manter contato com ela; e está proibida de deixar a cidade, sob pena de prisão preventiva.
Para a TV Bahia, a chilena disse que o que aconteceu entre ela e Herta foi um desentendimento de "cunho pessoal" e negou ter preconceito contra judeus. "Me arrependo muito, por meus filhos. Isso aqui não tem nada a ver com intolerância religiosa, tem a ver com uma coisa política. Ela pensa de de um jeito, eu penso do outro e ela quer que eu pense do jeito dela. Se alguma pessoa do povo judeu se sentiu ofendida com minhas palavras, eu peço desculpa também, mas isso aqui é um fato pessoal", afirmou.
Herta Breslauer foi vítima de agressões e xingamentos na própria loja na última sexta-feira, por volta das 18h50. Ana Maria teria ido em direção à proprietária afirmando que ela "estaria matando criancinha", com a alegação de que sua acusação se justifica no fato de Herta ser judia.
"Olha o que uma antissemita acabou de fazer na minha loja. Estou tremendo. Ela entrou na minha loja gritando e me chamando de assassina de crianças", lamenta a comerciante em vídeo veiculado em redes sociais.
A Polícia Civil informou que um Inquérito Policial foi instaurado na Delegacia Territorial de Arraial D’Ajuda para apurar os crimes de racismo, ameaça, dano e lesão corporal.