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Da Redação
Publicado em 3 de julho de 2024 às 09:58
A jovem de 23 anos Paloma Paixão, que foi esfaqueada na Via Regional, em Salvador, enquanto seguia para o trabalho, já deixou a sala vermelha do Hospital Eládio Lasserre, onde está internada, e respira sem a ajuda de aparelhos. O crime aconteceu no dia 26 de junho. Paloma foi atingida seis vezes por golpes de faca, dois no pescoço, dois nas costas, um na cabeça e outro abaixo do peito, na região do pulmão.
Um dos suspeitos do crime é o ex-companheiro de Paloma, Danilo Sampaio, 29 anos. Segundo familiares, ele teria agido com um comparsa para fazer a abordagem antes da ação. Ele e outro suspeito, ainda não identificado, seguem foragidos.
"Ela viveu com ele cerca de dois anos. Mas já estavam separados há um ano. De lá para cá, ela veio sofrendo perseguições e ameaças de morte. Ele já perseguiu ela com uma arma, mas ela conseguiu se esconder. Outra vez forjou um assalto, roubou o celular dela e pegou imagens íntimas. Depois postou nas redes sociais para difamar ela", contou Jane Paião, prima de Paloma.
A família de Paloma prestou queixa na Delegacia da Mulher (Deam) e a delegada que está investigando o caso foi até o hospital para conversar com a vítima, que deu os detalhes da ocorrência. Os depoimentos dão conta de que Danilo abordou a ex em um ponto de ônibus, antes dela ir para o trabalho. Junto com o comparsa, ele teria esfaqueado a vítima.
A reportagem do CORREIO teve acesso ao mandado de prisão preventivo de Danilo. O documento foi expedido nesta sexta-feira (28). Até o dia do crime, Paloma já havia registrado quatro boletins de ocorrência contra o ex-companheiro na Deam, onde solicitava medidas protetivas
Em nota, a Polícia Civil informou que equipes da Deam/Casa da Mulher Brasileira busca pelo autor da tentativa de feminicídio. O acusado teve a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 28 e tem contra ele uma medida protetiva solicitada ao Poder Judiciário. Quem tiver informações sobre o paradeiro do autor, pode entrar em contato com o Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP), no 181. Não precisa se identificar.