Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Jogador de futebol cometia crimes nas casas das vítimas e em repúblicas universitárias

Carlos Eduardo Bastos dos Santos fez ao menos 16 vítimas, segundo a Polícia Civil

  • Foto do(a) author(a) Millena Marques
  • Millena Marques

Publicado em 19 de março de 2025 às 13:57

Carlos Eduardo Bastos dos Santos
Carlos Eduardo Bastos dos Santos Crédito: Reprodução

O jogador Carlos Eduardo Bastos dos Santos cometia os crimes preferencialmente nas casas das vítimas e em repúblicas universitárias. A informação foi confirmada pela Polícia Civil em coletiva nesta quarta-feira (19), na sede da corporação, na Piedade, em Salvador. Conhecido como ‘Tico Baiano’, o atleta foi preso por estupro, extorsão e assaltos na última terça-feira (18).

De acordo com o delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior, Carlos Eduardo também cometia os crimes em locais onde as garotas de programa atendiam. "Ele se programava com elas (vítimas), chegava no local e utilizava, inclusive, arma de fogo. Em alguns casos, ele utilizou arma de fogo”, afirmou. As repúblicas universitárias onde os crimes ocorriam estão situadas na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

As investigações tiveram início em junho de 2024, quando as vítimas passaram a denunciar. No entanto, os crimes ocorrem desde 2022. As vítimas são mulheres entre 18 e 43 anos, estudantes ou garotas de programa residentes na cidade de Feira de Santana. Uma das vítimas foi identificada como travesti. “Sempre meninas, de preferência ali sozinhas, em situação de vulnerabilidade, para poder aí perpetrar esses delitos”, disse Correia.

Tico Baiano utilizava o Instagram para encontrar as mulheres. O primeiro contato acontecia pela rede social, mas os encontros eram marcados via WhatsApp. No que se refere às garotas de programa, o jogador se passava por cliente e, ao chegar ao local de encontro, utilizava uma arma de fogo para extorquir e roubar as mulheres. Em algumas ocasiões, ele teria obrigado que elas fizessem transferências bancárias e roubou uma quantia em espécie, não divulgada pela polícia. Em outro caso, o jogador teria atingido duas ou três vítimas na mesma situação. “No primeiro caso que a gente descobriu, por exemplo, ele extorquiu três garotas de programa”.

Em relação às estudantes, ele preferia universitárias que moravam sozinhas nas proximidades da instituição. Uma delas foi vítima de roubo e extorsão quando saía de casa. Já outras duas tiveram a casa invadida pelo suspeito, que, utilizando uma faca, cometeu os crimes. Neste último caso, as mulheres ficaram pelo menos três horas em poder do suspeito, segundo a polícia.

Dois amigos de infância também são investigados por participar dos crimes. De acordo com a diretora do Departamento de Polícia do Interior, Rogéria Araújo, eles também residem em Feira de Santana. A dupla é investigada por receber parte dos valores extorquidos por Carlos Eduardo em transferências via Pix.

Na coletiva, a polícia informou que o número de vítimas do jogador aumentou de 11 para 16. O jogador confessou os crimes durante o interrogatório. A polícia acredita que há mais vítimas, inclusive, em outros estados. "Nós estaremos, a partir de agora, levando o conhecimento à sociedade, para que outras vítimas compareçam à 2ª Delegacia Territorial de Feira de Santana”, disse Rogéria.

O jogador era oficialmente atleta de um time de Feira de Santana, mas foi emprestado para um clube de Goiás. A polícia não divulgou os nomes das agremiações.