Jerônimo explica por que construção do VLT de Salvador teve aumento de 140%

Investimento inicial era de R$1,5 bilhão; hoje, a obra está orçada em R$3,6 bilhões

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Publicado em 14 de junho de 2024 às 16:05

Governador Jerônimo Rodrigues
Governador Jerônimo Rodrigues Crédito: Divulgação

O investimento total no Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador, inicialmente previsto em R$1,5 bilhão, se transformou em R$3,6 bilhões com o passar dos anos. Durante a cerimônia de autorização do início das obras, nesta sexta-feira (14), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), explicou o motivo do salto de 140%.

“O projeto inicial contemplava apenas até o Subúrbio. Nós o revisitamos e estabelecemos que poderíamos ampliar, por diversos motivos. Daqui (da Calçada) até Águas Claras, de Águas Claras até Piatã. É um novo projeto e isso elevou o valor, por conta do tamanho da quilometragem. (...) Somando obra civil, trilhos, os trens e uma parte de urbanização, nós falamos de um valor de quase R$6 bilhões”, disse.

Fora da Bahia, o VLT que promete ligar Brasília (DF) ao município goiano de Luziânia, com uma distância de aproximadamente 60km entre os dois últimos pontos, custará R$500 milhões. Sete vezes menos do que o da capital baiana. Em Salvador, as 34 paradas do VLT somam 36,4 km, com investimento bilionário.

Antes de chegar à fase de autorização, o planejamento do VLT passou por anos de entrave, com mudanças de prazos e de empresas responsáveis. Segundo Jerônimo, os investimentos feitos anteriormente, tanto pela Skyrail (primeira empresa a assumir o projeto) como pelo Estado, não foram desperdiçados, e uma parte do recurso foi destinada à construção dos alojamentos onde funcionários ficarão durante as obras.

Vagões antigos

O governador respondeu também sobre os vagões que serão utilizados no VLT de Salvador, que foram comprados do Governo do Mato Grosso. Os 40 vagões, parados há mais de dez anos, faziam parte do plano de implantar o modal em Cuiabá, capital do estado, o que nunca aconteceu.

Jerônimo afirmou que, antes da compra, foi feito um estudo de viabilidade técnica através da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) e Casa Civil, além de profissionais do Tribunal de Contas da União (TCU). Esses órgãos, segundo ele, autorizaram a compra dos vagões.