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Da Redação
Gil Santos
Publicado em 26 de abril de 2024 às 12:40
O prefeito Bruno Reis criticou, nesta sexta-feira (26), a possibilidade de paralisação dos rodoviários. O gestor falou do assunto durante uma inauguração do novo restaurante popular de Periperi.
"São irresponsáveis, porque não pode uma relação de empregado-empregador, entre funcionários, penalizar a cidade. Vocês sabem a grave crise que o transporte público enfrenta. Então, vão resolver na Justiça. Agora, parar a cidade, fazer greve, sem justificativa razoável e plausível, é uma irresponsabilidade", avaliou Bruno.
Depois de atrasarem a saída de ônibus das garagens na quinta, os rodoviários de Salvador informaram que farão uma assembleia na próxima segunda (29), nas proximidades da Estação da Lapa, para discutir o avanço das negociações salariais e de condições de trabalho da categoria. Serão dois encontros: um pela manhã, às 11h, e outro à tarde, em horário ainda a ser definido. Até o momento, foram seis rodadas de negociação com o setor patronal e, segundo o sindicato, há possibilidade de greve.
O diretor de comunicação do Sindicato dos Rodoviários, Daniel Mota, explicou que a categoria reivindica a reposição da inflação e ganho real de 4% sobre os salários, reajuste de 10% em cima do ticket alimentação, hoje em R$ 25, e vale transporte com integração ao metrô. Atualmente, o cartão que os trabalhadores usam para se deslocar para o trabalho só permite acesso aos ônibus.
“A pauta de reivindicação é a exaustão das negociações. Chegamos ao limite e agora é luta. O sindicato patronal não atendeu aos nossos pontos e solicitou a retirada de alguns direitos, por exemplo, que as horas extras sejam pagas com seis meses, ou seja, se o trabalhador fizer hora extra essa semana, ele só vai receber daqui a seis meses. Não aceitamos”, explicou Mota.
Assédio e não cumprimento de convenção
Na quinta, a categoria já fez uma assembleia para discutir "descumprimentos da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) por parte da concessionária" OT Trans.
Os trabalhadores denunciam más condições por situações de assédio moral e descumprimento da CCT.
O diretor do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Seteps), Jorge Castro, reclamou que os empresários foram pegos de surpresa com a informação.