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Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2024 às 08:08
As quatro investigadoras da Polícia CIvil que denunciaram o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos foram transferidas da 28ª Delegacia Territorial do Nordeste de Amaralina, onde estavam lotadas, após o início de investigação sobre denúncias de assédio sexual e moral. A informação foi confirmada pela corporação.
Segundo a polícia, as remoções ocorreram devido ao "compromisso em cuidar do bem-estar dos seus servidores" e aconteceram nos dias 12, 16, 18 e o último nesta terça-feira (22). As transferências aconteceram de acordo com a finalização da licença médica de cada servidora.
Elas continuam recebendo acompanhamento psicológico pelo Departamento de Gestão de Pessoas, Saúde e Valorização Profissional (DPSV). Já o delegado acusado segue sendo investigado pela Corregedoria, além de ter sido exonerado do cargo de titular da unidade.
Piadas ousadas, toques corporais e convites para passeios de lancha. Estes foram alguns dos motivos que levaram quatro investigadoras da 28ª Delegacia de Polícia Territorial (DT) Nordeste de Amaralina a denunciarem por assédio sexual o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos.
Fontes ouvidas pela reportagem confirmaram que as servidoras relataram a situação ao sindicato de classe que, por sua vez, encaminhou as denúncias à Corregedoria da Polícia Civil. Esta é a segunda vez que ele é acusado do mesmo crime.
Conhecido no meio por ser um policial atuante, inclusive quando estava no comando de delegacias importantes da capital como 5° DT Periperi, 9° DT Boca do Rio e 12° DT Itapuã, Antônio Carlos Magalhães Santos foi acusado por quatro agentes aprovadas em um concurso recente da Polícia Civil. As denúncias foram realizadas durante uma visita do Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) à 28°DT, no início do mês de setembro deste ano.
"Elas relataram, por exemplo, que ele buscava fazer afagos, pegar nos cabelos das meninas, constrangimento direto. As quatro estão afastadas pelo departamento médico e não querem mais voltar para a unidade. Elas têm poucos dias que entraram na Polícia Civil", declarou um policial que preferiu não se identificar. Um outro agente ouvido pela reportagem, também sem se identificar, deu mais detalhes: "Elas relataram que ele sempre as tratava com brincadeiras ousadas ou falava sempre abraçando e chamava as agentes para ir em sua lancha".
Ao CORREIO, Antônio Carlos Magalhães Santos disse que o "afastamento é para a investigação" e que estão querendo prejudicá-lo.