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Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 20:12
O inquérito que investiga a execução de Mãe Bernadete foi prorrogado por mais 30 dias após pedido apresentado pela Polícia Civil da Bahia (PC-Ba) ao Ministério Público do estado (MP-BA). No último domingo (17), a morte da líder religiosa completou um mês sem definição de mandantes do crime.
A coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação e Quilombos foi morta com 22 tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador, no dia 17 de agosto. Até o momento, três homens foram presos na Bahia pelo envolvimento no assassinato e um suspeito de ser o segundo autor da execução segue sendo procurado.
As prisões foram anunciadas pelo secretário Marcelo Werner, no dia 4 de setembro, durante coletiva da SSP-Ba. Segundo o líder da pasta, os presos têm diferentes participações no crime: suspeito de ser um dos executores do crime, suspeito de guardar as armas do crime e preso por porte ilegal de arma de fogo e suspeito de receptação dos celulares da líder quilombola e de familiares, roubados durante o homicídio.
O primeiro preso foi detido por mandado de prisão no último dia 25 de agosto em Simões Filho. De acordo com a SSP, ele é suspeito pela receptação dos celulares do líder quilombola e de familiares, roubados durante o homicídio. O segundo detido por envolvimento no crime teve o mandado de prisão cumprido na sexta-feira (1º), na cidade de Araçás, a 105 km de Salvador. Ele confessou ter sido o executor do crime.
O terceiro a ser preso foi um mecânico que guardava as armas supostamente usadas no crime. Ele foi autuado em flagrante pela polícia na última sexta-feira (1º) em uma oficina mecânica na comunidade de Pitanga de Palmares, na zona rural de Simões Filho, mesma região onde fica o quilombo. As duas pistolas foram encontradas na oficina, com munições e três carregadores, dois deles estendidos.
O mecânico que guardava as armas foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de fogo. No trio, apenas o homem apontado como executor do crime já tinha passagem pela polícia.
Procurada, a Polícia Civil informou que outros detalhes da investigação estão sendo preservados para não atrapalhar o andamento do Inquérito Policial.