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Influenciadores e rifeiros suspeitos de lavagem de dinheiro seguirão presos

Mulheres presas na operação, que possuem filhos, tiveram prisão preventiva convertida em domiciliar

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 19:25

Rahmon Dias e Nanam Premiações (Jose Roberto)
Rahmon Dias e Nanam Premiações (Jose Roberto) Crédito: Reprodução

Os influenciadores e rifeiros presos na operação ‘Falsas Promessas’, deflagrada pela Polícia Civil nesta quinta-feira (5), permanecerão presos. Os suspeitos passaram por audiência de custódia na manhã desta sexta-feira (6) e tiveram as prisões preventivas mantidas pela Justiça. Apenas as mulheres com filhos pequenos, que também foram alvo da operação, tiveram a prisão preventiva convertida em domiciliar.

A operação resultou na prisão de 14 pessoas em quatro cidades baianas. Entre os presos, estão os influenciadores Rahmon Dias e Nanam Premiações. Eles são suspeitos de integrarem uma organização criminosa que fazia lavagem de dinheiro do tráfico de drogas por meio de jogos de azar.

Os presos chegaram juntos ao Fórum Criminal do Tribunal de Justiça, em Sussuarana. Todos estavam algemados, incluindo Rahmon Dias e Nanam Premiações. Ao todo, 21 audiências foram realizadas, algumas dela de forma online, como o caso do influencer Josemario Lins, preso em Juazeiro, segundo a TV Bahia. Como resultado, foi decidida a manutenção da custódia dos investigados por um período inicial de 30 dias, com possibilidade de prorrogação por mais 30 dias, conforme o andamento das investigações.

Além disso, três investigadas, mães de crianças menores de 12 anos, tiveram o benefício da prisão domiciliar concedido. No entanto, essa medida está condicionada a restrições, incluindo monitoração eletrônica, proibição de se ausentarem do território nacional e entrega dos passaportes. Também foi estipulado o pagamento de fiança para a concessão da medida cautelar.

De acordo a Polícia Civil (PC), o grupo movimentou cerca de R$500 milhões por meio de rifas ilegais. A organização criminosa almejava aproveitar o poder de influência dos integrantes para burlar a fiscalização sobre a origem do dinheiro.

Na ação, um dos suspeitos entrou em confronto com os policiais e foi atingido, mas não resistiu aos ferimentos. Ele foi identificado como Sueliton de Almeida Coelho, de 50 anos. Sueliton possuía mandado de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa, sendo apontado como uma das lideranças no bairro do Nordeste de Amaralina.

Além das prisões realizadas na Bahia, outros sete mandados de prisão foram cumpridos nos estados de Goiás (5), Ceará (1) e Espírito Santo (1). A PC também efetuou 26 mandados de busca, que resultaram na apreensão de quarenta carros, lanchas, motos aquáticas, celulares, passaportes e artigos de luxo.

A Operação Falsas Promessas foi realizada em Salvador, Santo Antônio de Jesus, São Felipe, Juazeiro, nos estados de Goiás, Ceará e Espírito Santo. Duzentos policiais civis participaram das ações, que contaram com o apoio dos departamentos operacionais da Polícia Civil da Bahia e com equipes das Polícias Civis de Goiás e do Ceará.