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Impaciência e irritação: passageiros reclamam de demora do ferry-boat em véspera de feriado

A Internacional Travessias Salvador chegou a registrar uma espera de 4h para os automóveis que aguardavam o serviço de transporte

  • Foto do(a) author(a) Vitor Rocha
  • Vitor Rocha

Publicado em 14 de novembro de 2024 às 20:47

Fila para o ferry-boat na tarde desta quinta-feira (14)
Fila para o ferry-boat na tarde desta quinta-feira (14) Crédito: Paula Froes/CORREIO

Portas abertas e semblantes de impaciência marcaram a fila de carros do sistema Ferry-Boat que se estendeu pela Avenida Engenheiro Oscar Pontes, em Água de Meninos, nesta quinta-feira (14). Em decorrência da Proclamação da República, celebrada amanhã (15), motoristas e pedestres se dirigiram ao terminal São Joaquim para aproveitar o feriado prolongado na Ilha de Itaparica. Mesmo com cinco embarcações em operação, a Internacional Travessias Salvador chegou a registrar uma espera de 4h para os automóveis que aguardavam o serviço de transporte.

De acordo com a empresa responsável pela administração do sistema Ferry-Boat, durante o período de feriados prolongados é comum que o fluxo de pessoas seja três vezes maior. Por conta disso, o serviço, que transporta uma média de 15 mil pessoas e mais de dois mil veículos em dias úteis, deve passar a receber aproximadamente 45 mil pessoas e 6 mil automóveis.

A fila de carros do Ferry-Boat é um desafio mesmo para quem já está acostumado. É o caso da promotora de eventos Rosivalda de Paiva, 47, que viaja, pelo menos, uma vez ao mês para a Ilha de Itaparica. A moradora do Barbalho, que estava ao lado do marido Cláudio Nascimento e da neta Helena de Paiva, de 2 anos, precisou aguardar por mais de 3 horas para ter acesso ao serviço. “Hoje foi mais tranquilo do que o normal porque estou com minha neta, então temos prioridade. Quando vamos na fila normal, nós esperamos de 7 a 8 horas para entrar”, revelou.

Para os soteropolitanos que não frequentam o terminal São Joaquim, a desorganização pode ser motivo de frustração, conforme apontou Jovelan Almeida. Pela primeira vez utilizando o sistema de embarcações, o morador do Engenho Velho da Federação foi junto com a família para uma festa em Salinas das Margaridas, mas se sentiu desrespeitado com a demora. “Ficamos uma hora e devemos ter andado 20 metros. Para mim, isso é um absurdo. Chegamos aqui [em São Joaquim] às 14h e vamos chegar lá [na Ilha de Itaparica] só de noite. Fora a desorganização, ainda tem vários fura-fila por aqui”, disse.

Nascido e criado na Ilha de Itaparica, Dirlei Teixeira, 37, parou o carro, abriu as portas e ficou conversando com os amigos na calçada enquanto esperava. O entregador de encomendas, que mora há 21 anos em Salvador, queria embarcar para visitar os pais em Barra do Gil, no município de Vera Cruz. “Sempre é esse estresse. Temos que ficar 4 a 5 horas de relógio. O serviço deveria ser melhor, mas ninguém toma providência para melhorar”, opinou.

Apesar da frustração no acesso para os veículos, pedestres não sentiram uma espera maior do que o normal. Segundo a dona de casa Raimunda da Paixão, de 53 anos, a compra da entrada para realizar a travessia demorou poucos minutos. “Já tivemos dias piores, em que doía as pernas de tanto esperar. Eu e meu esposo estamos indo com a família para reformar nossa casa em Barra do Gil. Estamos indo só por conta do feriado, já voltamos no domingo”, afirmou.

Raimunda da Paixão ao lado da família
Raimunda da Paixão ao lado da família Crédito: Paula Froes

Há 30 anos atuando como ambulante em São Joaquim, Henrique Silva vê o feriado, período de descanso para a maioria da população, como uma oportunidade para aumentar o faturamento. Segundo o vendedor de vasilhas, o aumento nas vendas pode chegar a quintuplicar durante os feriados. “Em dias bons, como os de hoje, em que vou até o final da via para terminar a fila, consigo vender uns 20 kits. Começo por volta das 6h e vou até a noite”, contou.

Henrique Silva Santos
Henrique Silva Santos Crédito: Paula Froes/CORREIO