Homem que matou motorista desaparecido em Cassange tem prisão decretada

Suspeito estava respondendo pelo crime em liberdade

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Publicado em 18 de junho de 2024 às 13:59

Elionaldo Cardoso da Silva
Elionaldo Cardoso da Silva Crédito: Reprodução

O suspeito da morte do motorista de transporte por aplicativo Elionaldo Cardoso da Silva teve a prisão preventiva decretada pela Justiça na segunda-feira (17) e está sendo procurado. O homem estava respondendo pelo crime em liberdade e já havia sido intimado para prestar depoimento na 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), mas não compareceu na data agendada. A informação foi confirmada pela Polícia Civil.

Com o deferimento da ordem judicial, diligências estão em curso para localizar o foragido. O suspeito era amigo de Elionaldo, de 34 anos, que desapareceu no dia 9 após sair para trabalhar. A vítima foi vista pela última vez em uma chácara, no bairro de Cassange, em Salvador e o corpo foi identificado pel família na última sexta-feira (14). Os laudos periciais do Departamento de Polícia Técnica (DPT) são aguardados para confirmação oficial da identificação da vítima. 

O amigo, identificado como José Carneiro, confessou o crime ao se apresentar a polícia, mas saiu em liberdade. Ele e Elionaldo se conheciam havia três anos. Ele chegou a ajudar o amigo em uma reforma da chácara. A família de Elionaldo Cardoso da Silva,, reconheceu como sendo do homem um corpo encontrado em uma área de mata no bairro de Cassange, na sexta-feira (14).

Maiara Brito Oliveira, 28 anos, esposa de Elionaldo, criticou o fato da família saber do desenvolvimento da investigação pela imprensa. "A gente estava na esperança de achar ele com vida. Quando chegou 7h e pouca da manhã, quando a gente liga a televisão, o baque. 'O caso de Elionaldo, suspeito confessou e diz que assassinou ele'. Ainda está solto, a juíza negou a preventiva dele. Achou que não era grave. Que é isso, meu Deus do céu. Primeiro a imprensa que tem que saber para depois a família? A família tem que assistir a dor pela televisão, na frente de todo mundo? A gente não tem direito de saber primeiro que todo mundo, gente? Eu achei um absurdo, mas a gente vai ter justiça", disse ela na manhã de sexta-feira (14).

A delegada Zaira Pimentel, da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico), diz que o caso era investigado pelas equipes da Delegacia de Desaparecidos e que a prisão chegou a ser solicitada na semana passada, quando o suspeito se apresentou. "A Primeira D.H. solicitou ao plantão judiciário a prisão preventiva desse indivíduo, porém essa prisão não foi apreciada pelo Poder Judiciário. O argumento da autoridade judiciária foi que aquele tipo de prisão não atendia os requisitos do plantão judiciário e, portanto, ela declinou da atribuição", diz. Procurado para comentar, o Tribunal de Justiça não se manifestou.