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Homem é condenado a 30 anos de prisão após asfixiar, matar e ocultar cadáver de grávida na Bahia

Corpo foi encontrado pelos filhos da vítima; menores também teriam sofrido múltiplas violências do culpado

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 29 de novembro de 2024 às 06:45

Ministério Público da Bahia (MP BA)
Ministério Público da Bahia (MP BA) Crédito: Reprodução

Um homem foi condenado a 30 anos de prisão por feminicídio em Chorrochó, no Vale São-Franciscano da Bahia, após asfixiar e estrangular a companheira, grávida de quatro meses. Adriano da Cruz Silva teria ocultado o cadáver de Divaneide da Silva Xavier, mas o corpo foi encontrado pelos filhos da vítima, segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA). 

Os menores também teriam sofrido múltiplas violências, inclusive sexuais, cometidas pelo condenado. O crime aconteceu em outubro de 2018, dentro da casa da vítima. 

O réu teve pena agravada devido às circunstâncias da prática do crime, qualificado pela prática de feminicídio, impossibilidade de defesa por parte da vítima e motivação considerada fútil. A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça Leonardo de Almeida Bitencourt em sessão presidida pelo Juiz Dilermando de Lima Costa Ferreira.

A sentença considerou agravante para o aumento da pena, a reincidência do homem, que já havia sido condenado antes pelos crimes de latrocínio e estupro, cometidos em Petrolina. Adriano da Cruz, atualmente em prisão preventiva, deverá cumprir pena inicialmente em regime fechado.

A sessão do Júri fez parte da ‘28ª Semana da Justiça pela Paz em Casa’, iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e apoio do MPBA e Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) que segue até esta sexta-feira (29). O objetivo é fortalecer a rede de enfrentamento à violência contra a mulher por meio de julgamentos prioritários, campanhas educativas e ações integradas entre os órgãos de Justiça.