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Herdeiro da Marabraz, noivo de Marina Ruy Barbosa move ação contra o pai na Bahia

Abdul Fares quer que Justiça declare que o pai, de 64 anos, não tem condições de comandar grupo empresarial

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 14:18

Abdul Fares e sua noiva Marina Ruy Barbosa
Abdul Fares e sua noiva Marina Ruy Barbosa Crédito: Reprodução

Um dos herdeiros da empresa de móveis Marabraz, Abdul Fares, de 40 anos, entrou na Justiça contra o próprio pai, Jamel Fares, de 64 anos, cofundador da rede. O processo corre em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), e foi divulgado pela coluna de Monica Bergamo na Folha de S. Paulo. 

Abdul é formado em administração e atua como diretor financeiro da Marabraz, que tem 120 lojas espalhadas pelo país. Ele também é confundador da Blue Group Digital, que conecta distribuidores e fornecedores do varejo, e sócio da LP Real Estate, no ramo imobiliário, e das Lojas Mappin. 

Abdul é administrador formado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP) e, além de herdeiro, atua como diretor financeiro da Marabraz. Fora da rede, Abdul é cofundador da Blue Group Digital, uma empresa que conecta distribuidores e fornecedores do varejo. Ele também é sócio da LP Real Estate, do setor imobiliário, e das Lojas Mappin, que foi relançada pelo grupo recentemente.

O empresário também tem aparecido nas colunas sociais por conta da relação com a atriz Marina Ruy Barbosa. Os dois estão juntos desde maio do ano passado. 

Abdul ajuizou um processo contra o próprio pai em uma disputa familiar que revela um racha dentro da empresa. Os advogados de Abdul alegam que Jamel tem problemas de saúde que estão comprometendo a capacidade de gestão dele à frente dos negócios, incluindo depressão profunda, cardiopatia grave e dependência de medicamentos controlados. Ele apresentou laudos psiquiátricos e neurológicos que serviriam de prova. 

O patriarca descobriu o processo por acaso, durante uma busca ativa de rotina que a assessoria jurídica do grupo Marabraz faz com os nomes dos sócios. Imediatamente, Jamel contratou o escritório Warde Advogados e na semana passada rebateu as acusações, chamando o filho de "ingrato e parasita". Ele também acusa Abdul de falsidade ideológica e questiona a escolha do foro da ação para Simões Filho - a sede do grupo e o domicílio da família são em São Paulo. Abdul justificou com uma residência na Bahia a escolha pelo local da ação. 

“Não há dor maior para um pai do que se ver na obrigação de processar criminalmente o próprio filho”, diz Jamel em uma notícia-crime desta terça (11), no 2º Distrito Policial de Barueri (SP). A defesa do empresário acusa  Abdul de agir por “meios criminosos e fraudulentos” para tentar interditar e internar o pai.

A disputa familiar ainda envolve uma batalha judicial sobre ações da holding LP Administradora. A defesa de Jamel acusa Abdul de gastar R$ 22,5 milhões em despesas pessoais, como viagens e presentes milionários, incluindo viagens de jatinho, helicópteros e presentes milionários, como um anel de US$ 1 milhão dado a Marina Ruy Barbosa, tudo pago com dinheiro da empresa. 

Grupo bilionário

Jamel e os irmãos, filhos de imigrantes libaneses, iniciaram a trajetória do grupo Marabraz no Brasil na década de 1980, quando transformaram o negócio fundado pelo pai em um grande grupo de varejo de móveis, um dos maiores do país. O senhor Fares, patriarca, chegou ao país de navio, fugindo da guerra no Líbano, e inicialmente foi mascate em São Paulo.

A primeira loja fixa, batizada de Credi-Fares, foi aberta na capital paulista por ele. Depois da morte de Fares, os filhos assumiram o negócio e compraram a marca Marabraz, convertendo as lojas Credi-Fares para o novo nome. O patrimônio da rede é estimado em mais de R$ 1 bilhão.