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Gilberto Barbosa
Publicado em 27 de outubro de 2024 às 19:32
A tarde de domingo foi movimentada nos colégios de Camaçari. Vestidos de azul e vermelho, apoiadores dos candidatos Flávio Matos (União Brasil) e Luiz Caetano (PT) se misturaram em frente aos locais de votação. O clima era pacífico, com equipes da Polícia Militar (PM) reforçando a segurança nas zonas eleitorais.
O Colégio São Tomaz de Cantuária, no Centro, foi o local de votação dos candidatos. No local, poucas pessoas passavam sem adesivo ou camisa que identificasse a sua preferência. Motoqueiros e motoristas buzinavam para o público e recebiam aplausos ou vaias, a depender da opção. As guarnições da PM que faziam rondas constantes, com viaturas e um helicóptero sendo vistos pela reportagem.
A precaução não era a toa: o local foi palco de tumultos envolvendo apoiadores e fiscais período da manhã. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), 1.463 agentes foram encaminhados à Camaçari para atuar durante a votação. Além do âmbito estadual, a Polícia Federal também destinou o Grupo de Pronta Intervenção, especializado em emergências e operações de risco, para o dia do pleito.
A poucos metros dali está o Colégio Modelo, na Avenida Luiz Eduardo Magalhães, onde a reportagem encontrou o mesmo cenário do Cantuária, com os grupos misturados na frente do colégio. Todos demonstravam confiança na vitória do seu candidato. "A gente vai virar às 18h40, pode anotar", previu um comerciante.
Os adesivos na camisa do psicanalista Raimisson Silva, 43 anos, indicavam qual candidato tinha a sua preferência. Para ele, a campanha do segundo turno demonstrou a importância de Camaçari para o estado. "O presidente veio para cá, diversos prefeitos também. Todos querem ganhar e é importante que tenha essa disputa porque ela reforça o processo democrático", disse.
Ele contou que não precisou 'virar voto' e que esperava um ambiente mais tenso quando saiu de casa. "Minha família vai votar no mesmo candidato. Mesmo com essa polarização, são meus amigos, colegas de trabalho, não há motivos para ir além da disputa. Vamos seguir na paz e eu espero que o meu candidato vença", concluiu.
Também no Centro, o Centro Educacional Maria Quitéria é a segunda maior zona de votos de Camaçari. Além da imprensa, apoiadores, policiais formavam a paisagem do local. "Está tranquilo, estamos vendo o vermelho e o azul juntos se misturando, sem confusão. Isso é importante para a democracia", afirmou a funcionária pública Helena Giffoni, 56.