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Yasmin Oliveira
Publicado em 18 de junho de 2024 às 20:28
Os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) aprovaram a manutenção da greve durante assembleia nesta terça-feira (18). A reunião teve início às 14h, no Salão Nobre da Reitoria da Ufba, e os docentes devem se reunir novamente no dia 26 de junho para uma nova votação do indicativo de encerramento do movimento.
Com praticamente todas as cadeiras lotadas, a votação encerrou com 263 votos a favor da manutenção da greve e 139 favoráveis ao encerramento imediato. A greve dos professores por recomposição salarial e orçamentária das universidades está se aproximando dos dois meses - foi instaurada no dia 29 de abril.
A assembleia trouxe informes para os professores presentes de forma presencial e remota, no caso dos docentes de Vitória da Conquista, e discutiu duas propostas: a saída imediata da greve, com retorno às aulas no dia 26 de junho, e a manutenção da greve, com indicativo de encerramento do movimento a ser discutido em nova Assembleia Geral no dia 26 de junho.
As defesas das propostas trouxeram um debate acirrado entre os dois lados, com direito a vaias e aplausos dependendo dos posicionamentos. Os estudantes também estiveram presentes na assembleia e, da mesma forma que os professores, estavam em lados diferentes das discussões.
O Diretório Central dos Estudantes da Ufba (DCE) se posicionou a favor do encerramento da greve para que a universidade voltasse a ser utilizada pelos estudantes, enquanto outros, que se posicionavam contra o fim da greve, se manifestaram com uma corrente humana em frente à mesa da Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub), o que causou um intervalo de 15 minutos para que a situação se normalizasse na assembleia.
Após os discursos em defesa das propostas, a votação foi aberta e aprovou em unanimidade uma moção de repúdio à aprovação em urgência do PL 1904 que equipara o aborto ao crime de homicídio. A segunda votação aprovou a manutenção da greve e assembleia no dia 26 às 14h com indicativo de saída da greve junto ao comando de greve nacional e as outras 60 universidades em greve.
Em acordos assinados entre governo e Proifes, houve a conquista do aumento do auxílio-alimentação; reajuste de 9% para 2025 e 3,5% para 2026 e melhorias na carreira. No momento, mais de 50 universidades federais, em todo o país, estão em greve. Como as universidades são autônomas, o resultado da Assembleia de hoje diz respeito apenas à Ufba, não interferindo no movimento em outras instituições.
Os serviços das unidades do Restaurante Universitário (RU), bibliotecas e coletivos do Buzufba na universidade continuam na ativa, assim como o pagamento dos benefícios ofertados pela Coordenação de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil, como Auxílio Alimentação, Auxílio à Pessoa com Necessidade Educativa Especial, Auxílio Creche, Auxílio Moradia, Auxílio Eventual de Saúde, Auxílio Transporte, Programa Permanecer e Programa Bolsa Permanência/MEC. As bolsas de pesquisadores também não foram impactadas, segundo a Ufba.
*Com orientação da subeditora Fernanda Varela