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Grandes marcas nacionais de supermercado já foram 'queridinhas' dos soteropolitanos

Primeiro supermercado da cidade, inclusive, foi aberto por um sergipano

  • Foto do(a) author(a) Elaine Sanoli
  • Elaine Sanoli

Publicado em 20 de janeiro de 2025 às 02:45

Bompreço do Rio Vermelho
Bompreço do Rio Vermelho Crédito: Reprodução

“Precisa de alguma coisa? Vai no Paes Mendonça”. Durante muito tempo essa foi uma expressão bastante popular em Salvador. A empresa sergipana, responsável pelo monopólio dos supermercados na capital baiana nas décadas de 1960 e 1970, foi apenas uma entre muitas a se instalar na cidade e conquistar o favoritismo dos consumidores. Hoje, no entanto, esse posto é ocupado por marcas regionais, enquanto os grandes impérios fecham suas portas.

Apenas na primeira quinzena do mês de dezembro, Salvador perdeu três unidades do Bompreço, da multinacional Carrefour, e uma do Pão de Açúcar, a última da grupo na cidade. 

O Bompreço pertencia ao Walmart e, depois da reestruturação, passou a adotar a bandeira Big Bompreço, do grupo sulista Big, durante o tempo de posse. Atualmente, toda a rede Big pertence ao Carrefour. Comprado pela multinacional Cencosud em 2007, o sergipano GBarbosa ainda mantém cinco unidades em Salvador. O Extra, por sua vez, já foi posse do Grupo Ponto Frio e, hoje, pertence ao Grupo Casas Bahia.

O primeiro 'queridinho' a gente nunca esquece

Antes de todos os queridinhos surgirem, Salvador tinha uma rede única: a famosa Paes Mendonça. Dona do primeiro supermercado da cidade, criado em 1959, a empresa chegou a ter 86 unidades espalhadas pela capital da Bahia. A primeira loja ficava no bairro de Nazaré e foi inaugurada pelo sergipano Mamede Paes Mendonça.

“Salvador viveu por muito tempo sendo atendida por uma única empresa que foi o Paes Mendonça, há 40 anos. Isso terminou penalizando um pouco a expansão do setor na cidade. Eram lojas grandes em praticamente quase todos os bairros da cidade. Salvador foi crescendo, essa empresa parou de crescer e o consumidor também mudou a necessidade dele”, relembra o diretor da empresa baiana Rede Mix, João Cláudio Andrade.

A rede, embora pioneira, foi perdendo espaço para outras de fora, até ter suas unidades vendidas ao grupo Pão de Açúcar.

*Sob orientação da chefe de reportagem Perla Ribeiro