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Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2024 às 07:00
Entre 2021 e 2024, os governos petistas gastaram R$ 370 milhões com empresas que administram presídios baianos. Ao todo, três empresas privadas operam unidades prisionais no estado: Socializa Empreendimentos e Serviços e Manutenção, que gere quatro unidades prisionais, a Reviver Administração Prisional Privada LTDA e a MAP Sistemas de Serviços LTDA, que administram, respectivamente, quatro e dois conjuntos penais na Bahia (veja mais no infográfico). >
De acordo com os dados Transparência Bahia, divulgados pelo próprio governo Jerônimo Rodrigues (PT), entre 2021 e 2024, foram gastos R$ 66,25 milhões com a Socializa. Com a Reviver, no mesmo período, o orçamento chegou a 239,17 milhões. Os dados da MAP só aparecem a partir de 2022. Entre este ano e 2024, ela recebeu do governo R$ 64,28 milhões.>
Presidente do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores Penitenciários do Estado da Bahia (SINPPSPEB), Reivon Pimentel critica o modelo de cogestão. “Enquanto a gestão plena, que é essa que nós atuamos, vem sendo sucateada durante quase duas décadas, o governo investiu 50% dos recursos para a gestão prisional nessas unidades de cogestão terceirizada, e acontece essa fuga, mesmo em estruturas novas, modernas”, afirma, ao se referir a fuga dos sete detentos do Conjunto Penal de Barreiras. >
“Está comprovado que a terceirização de unidades prisionais é prejudicial para o preso, é prejudicial para a nossa categoria dos policiais penais, é prejudicial para o Estado que paga milhões por mês para essas empresas terceirizadas que não socializam”, acrescenta Reivon Pimentel. >
No último dia 6, sete detentos fugiram do Conjunto Penal de Barreiras, que só, no primeiro trimestre de 2024, recebeu R$ 5,38 milhões do Governo do Estado para operacionalizar a unidade. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado da Bahia (Seap) informou que ainda apura as circunstâncias da fuga dos sete detentos. A Polícia Civil, que disse buscar apenas seis fugitivos, declarou que as “investigações estão em andamento”. >
Já a Socializa, que administra a unidade penitenciária, afirmou que, após a evasão dos criminosos, instaurou procedimento interno para apurar as causas e responsabilidades. “O fato está sendo rigorosamente apurado pela empresa, que já se colocou à disposição de todas as autoridades para auxiliar no quanto necessário à solução do caso”, salientou.>