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'Golpe do Pix': Marcelo Castro começa a ser julgado por esquema que desviou R$ 410 mil

Segundo denúncia, grupo desviava doações feitas por telespectadores para ajudar pessoas em vulnerabilidade, exibidas em um programa televisivo

  • Foto do(a) author(a) Esther Morais
  • Esther Morais

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 13:41

Marcelo Castro
Marcelo Castro Crédito: Reprodução

A Justiça da Bahia começou nesta terça-feira (18) a ouvir os envolvidos no caso conhecido como "Golpe do Pix", cujos principais suspeitos de liderar o esquema são o apresentador Marcelo Castro e o jornalista Jamerson Oliveira.

O primeiro dia de audiência iniciou por volta das 9h40 no Fórum Criminal de Salvador, no bairro de Sussuarana, e deve ouvir vítimas, testemunhas e réus da denúncia ao longo do dia. A previsão é que haja mais audiências. 

A investigação gira em torno de um esquema que desviava dinheiro de doações feitas por telespectadores de uma emissora de Salvador. Os valores eram dados para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social.  Segundo a apuração do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), o grupo atuou em 2022 e 2023 e arrecadou R$ 540 mil. Do total, aproximadamente 75% do valor (cerca de R$ 410 mil) foi apropriado indevidamente pelos integrantes da associação criminosa, enquanto apenas R$ 135.945,71 foram efetivamente repassados às vítimas.

A denúncia do MP acusa 12 pessoas. São elas: Marcelo Valter Amorim Matos Lyrio Castro, Carlos Eduardo do Sacramento Marques Santiago de Jesus, Jamerson Birindiba Oliveira, Lucas Costa Santos, Jakson da Silva de Jesus, Daniele Cristina da Silva Monteiro, Debora Cristina da Silva Monteiro, Rute Cruz da Costa, Gerson Santos Santana Junior, Eneida Sena Couto, Thais Pacheco da Costa e Alessandra Silva Oliveira de Jesus. Todos passam a responder como réus pelos crimes de apropriação indébita, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Três pessoas tiveram a prisão preventiva decretada, mas tiveram a medida revogada. Apenas um deles, Carlos Eduardo, chegou a ser preso, mas foi solto horas depois. Os outros são Thais Pacheco e Gerson Santos - este último, inclusive, recebeu o decreto em 7 de fevereiro.

Conforme foi apurado, há indícios de que os denunciados realizavam movimentações financeiras fragmentadas e atípicas, a fim de ocultar a origem ilícita dos valores, configurando o crime de lavagem de dinheiro. Em uma das ocorrências investigadas, os acusados se apropriaram de mais de R$ 57 mil de um total de R$ 64 mil arrecadados, repassando às vítimas apenas pouco mais de R$ 6 mil.

Em setembro, a Justiça determinou o bloqueio de bens de Marcelo Castro, Jamerson Oliveira e Lucas Santos, totalizando mais de R$ 600 mil, como forma de garantir a reparação dos danos causados às vítimas. 

A reportagem procurou o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) para ter mais detalhes do julgamento e aguarda retorno.

Também procurou a defesa dos jornalistas e não teve retorno. Em nota, enviada a TV Bahia, os advogados dos jornalistas afirmaram que: "por tais motivos, deveremos ter cautela nas informações que são passadas, até porque 'as provas' colhidas na fase inquisitorial não passaram por diversos princípios processuais e constitucionais penais e constitucionais. A defesa continua, veemente, arguindo a inocência dos seus assistidos, por ser de mais lídima justiça".