Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Gilberto Barbosa
Publicado em 12 de dezembro de 2024 às 02:30
Após ficar fechada por nove meses para reformas, a Fundação Casa de Jorge Amado (FCJA) reabre as portas para o público nesta quinta-feira (12). Até o próximo sábado (14), as pessoas poderão acessar o acervo do escritor baiano de forma gratuita, das 10h às 18h. A FCJA também realiza a primeira edição do ’Festival Uma Casa de Palavras’, no Largo do Pelourinho. O festival conta com uma feira gastronômica e um palco com apresentações até o final de semana.
Nesta quinta-feira (11), um evento para convidados celebrou a retomada das atividades. A fundação ficará aberta de segunda à sexta, das 10h às 18h e aos sábados, das 10h às 16h. A partir do dia 16 de dezembro, os ingressos custarão R$20 (inteira) e R$10 (meia), com acesso gratuito nas quartas-feiras. O coordenador de projetos da FCJA, Ticiano Martins contou que a reforma teve origem na necessidade de mudanças no sistema de proteção a incêndio do espaço.
“Ampliamos os espaços destinados ao grande público, mostrando um pouco mais do universo amadiano para a sociedade. Essa obra também possibilitou a migração do nosso acervo para um local mais adequado garantindo a preservação do material. A comunidade já cobrava a reabertura da casa e isso mostra que estamos em um local que dialoga entre si e valoriza a nossa existência”, afirmou.
No primeiro andar, o público é apresentado à história do escritor e a itens do seu acervo pessoal, como camisas, óculos e uma máquina de escrever. Um dos cômodos faz referência à Casa do Rio Vermelho, onde Jorge viveu até o fim da vida. Os andares superiores contam com exposições de ilustrações presentes nos livros de Jorge Amado e fotos tiradas por Zélia Gattai em viagens ao redor do mundo.
Também estão expostos parte do acervo de Zélia e da poeta baiana Myriam Fraga, primeira diretora da instituição. Outro homenageado foi Exú, orixá guardião da casa, cujo espaço foi montado com obras de artistas como Mário Cravo, Carybé e Calasans Neto e peças enviadas pelo público ao acervo. “Estou muito feliz por ver o crescimento e expansão dessa fundação. O legado do meu pai fica ainda mais forte e essa reforma dá uma cara ainda mais condizente com a importância desse lugar”, disse Paloma Amado, filha do autor.
Apesar de reaberta, a reforma ainda não foi totalmente concluída. A diretora-executiva da instituição, Ângela Fraga explica que a data já havia sido definida pensando em atender o aumento do fluxo de pessoas no Centro Histórico durante o verão. “Queríamos mostrar um pouco do tamanho da obra de Jorge Amado, ampliando o espaço e trazendo novos conteúdos para o acervo, como as adaptações para o audiovisual. Esperamos que o público possa conhecer esse universo e tudo que ele representou para a Bahia, levando a voz e a ancestralidade do nosso povo para o resto do mundo”, falou.
Fundação Casa de Jorge Amado
12/12 (quinta-feira), às 19h, Claudia Cunha;
13/12 (sexta-feira), às 19h, Gerônimo;
14/12 (sábado), às 16h, PUMM-Por Um Mundo Melhor, com uma programação especial ao público infantil.
*Com orientação do editor Miro Palma