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Larissa Almeida
Publicado em 9 de janeiro de 2025 às 19:16
Os funcionários da empresa Tubomills, que presta serviço de forma terceirizada a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), paralisaram as atividades nas Granjas Rurais e em Pirajá, nesta quinta-feira (9). A decisão se deu em protesto a irregularidades no contrato, no tratamento e segurança dos trabalhadores, que se queixam de precariedades no ambiente laboral.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Sintracom-BA), que apoiou a mobilização, a Tubomills teria tentado dar fim à paralisação ao chamar a polícia para reprimir o movimento. A reação teria se dado porque, segundo a entidade, a empresa infringe diversos direitos trabalhistas.
“Não fornece café da manhã, tem artífice trabalhando como prático há mais de 30 anos, não tem área de vivência e bebedouro com água fresca, não paga horas extras, não tem técnico de segurança e não tem CIPA”, afirma o sindicato em nota.
Marcos César Ribeiro, presidente do Sintracom-BA, disse que, ao ficar responsável pelo contrato dos trabalhadores com a Embasa, a Tubomills rebaixou inúmeros cargos. “Eles [os trabalhadores] foram colocados na função de comum, que é o papel de quem desempenha serviços gerais, quando eles já eram práticos. Há mais de 30 anos eles trabalham com a Embasa e agora teve essa mudança”, diz.
Os trabalhadores, que reivindicam o reconhecimento da função de prático que desempenham e melhorias nas condições de trabalho, devem retomar as atividades nesta sexta-feira (10). Uma reunião entre a Tubomills e o Sintracom-BA, que representa os funcionários, ficou marcada para a outra sexta-feira (17).
Em nota, a Embasa disse que “cumpre rigorosamente todas as obrigações contratuais com as empresas prestadoras de serviços e, por isto, cobra que elas também façam a sua parte no cumprimento da legislação trabalhista, que inclui o pagamento de salários e demais encargos gerados no prazo previsto, normas de segurança e qualidade de vida no trabalho”, pontua.
Ainda, a empresa responsável pelo fornecimento de água em 368 municípios do estado, frisou que, em caso de descumprimento da legislação, notifica imediatamente as empresas terceirizadas para que elas cumpram o estabelecido previamente em contrato.
A reportagem tentou contactar a Tubomills, mas não obteve sucesso. A Polícia Militar também foi procurada, mas ainda não respondeu. O espaço segue aberto.