Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Larissa Almeida
Publicado em 12 de outubro de 2024 às 05:30
A pouco mais de dois meses do início do verão, a Azul Linhas Aéreas anunciou o aumento da frota aérea em 24% para atender a demanda das cidades baianas na alta estação. Além das três novas rotas regionais anunciadas na tarde desta sexta-feira (11), em evento no Aeroporto Internacional de Salvador, a companhia informou que haverá voos extras de outros hubs da Azul para outros municípios baianos que são muito procurados no verão. Uma rota inédita, inclusive, vai ligar o Aeroporto Internacional de Guarulhos a Ilhéus.
Ao todo, com os voos extras da alta temporada e mais o incremento das três rotas novas na Bahia, a Azul atingirá uma média de 37 voos diários no estado. De acordo com John Rodgerson, CEO da companhia aérea, um dos pacotes de viagens mais procurados tem como destino a cidade de Porto Seguro, que terá mais de 50 voos operados pela Azul nos finais de semana.
A maior parte dos passageiros que buscam as cidades baianas para aproveitar o verão vem de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. A expectativa é de que essa tendência se confirme com o retorno do funcionamento do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), na próxima sexta-feira (18). O local estava sem operar voos desde as enchentes causadas pelas fortes chuvas e tragédias climáticas que atingiram o Rio Grande do Sul em abril.
Questionado sobre a possibilidade de operação de voos internacionais, John disse que a prioridade da Azul, no momento, é de fortalecer o hub nacional. “Eu quero ser o maior deste aeroporto [de Salvador] e, com o tempo, com mais conectividades e com os voos indo bem, depois pensaremos nessa expansão internacional. Nós temos que nos preocupar primeiro em trazer brasileiros para cá”, disse.
Ao defender que os brasileiros precisam conhecer o próprio país, o CEO da Azul reconheceu que os preços das passagens aéreas configuram um entrave para o turismo nacional e indicou os três principais problemas: combustível, juros de isenção e falta de acesso a crédito.
No entanto, ele defendeu ser possível enfrentar esse cenário. “Nós temos uma nova lei do Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac) que vai dar mais acesso a crédito para colocar mais voos no ar. Se é possível colocar mais voos e comprar mais aeronaves, a tarifa naturalmente vai cair. Nós também temos tido uma queda de 20% nos últimos três meses no preço do combustível”, apontou ele, esperançoso.