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16 líderes de facções do Baralho do Crime são localizados em um ano na Bahia; saiba quem são

Balanço da operação Ficco foi divulgado nesta segunda-feira (19)

  • Foto do(a) author(a) Maysa Polcri
  • Maysa Polcri

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 15:19

Ficco é formada por quatro forças de segurança
Ficco é formada por quatro forças de segurança Crédito: Divulgação/SSP

Em um ano de atuação na Bahia, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) localizou 42 criminosos violentos - 16 desses são líderes de facções que faziam parte do baralho do crime. Alguns deles foram mortos durante confrontos. A Ficco, que integra quatro forças de segurança baianas, realizou operações em outros oito estados do Brasil. O grupo de segurança foi criado com o objetivo de aumentar a integração e ações de inteligência para o combate ao crime organizado na Bahia. 

As informações fazem parte do balanço de um ano de atuação da Ficco, divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), nesta segunda-feira (19), no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Fazem parte da Força Integrada as polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal. Ao longo das operações, foram apreendidas 40 armas, sendo três fuzis. Os agentes também apreenderam 463 quilos de drogas, entre maconha e cocaína. Neste primeiro semestre de 2024 foram realizadas 10.922 prisões (média de 51 prisões por dia).

Os dados foram celebrados por Marcelo Werner, titular da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA). Uma reportagem do CORREIO revelou que 20 facções disputam o tráfico de drogas no estado, em julho deste ano. “A Ficco representa a integração, que é o ponto chave para o combate ao crime organizado. Ao longo de um ano, nós conseguimos tirar de circulação diversas lideranças criminosas. Sendo uma delas alcançada ainda hoje, em Salvador”, falou o secretário. 

A ação mais recente a que o titular da pasta se refere culminou com a morte de João Pedro Prates dos Anjos, conhecido como JP, que foi morto pela polícia durante uma operação em Tancredo Neves, nesta segunda-feira (19). Ele era apontado como autor de uma tentativa de homicídio contra um policial militar em Ibicaraí, em 2020, além de ser líder do tráfico no bairro de Salvador.

Os esforços empreendidos pela Força Integrada permitiram que integrantes do Baralho do Crime da SSP, que lista os criminosos mais procurados, fossem localizados fora da Bahia. É o caso de Fábio dos Santos Nascimento, conhecido como ‘Fabão’ e ‘Jiboia’, que era o “Oito de Espadas” do baralho. Ele foi encontrado e morto durante ação da polícia neste mês, no Guarujá, cidade do litoral de São Paulo. Fábio dos Santos era apontado como líder do tráfico nos bairros de Valéria, Castelo Branco e Vila Canária, em Salvador.

As prisões e mortes de líderes de facção, no entanto, não são suficientes para evitar que a Bahia seja destaque negativo em pesquisas nacionais sobre violência. Neste mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apontou que a Bahia teve o maior número de homicídios intencionais no primeiro semestre entre todos os estados. Foram 2.087.

Já o Atlas da Violência, publicado em junho, revelou que as cinco cidades mais violentas do país são baianas: Santo Antônio de Jesus, Jequié, Simões Filho, Camaçari e Juazeiro. As bases de dados das pesquisas incluem boletins de ocorrências e registros de mortes em unidades de saúde. 

Questionado sobre quais são as maiores dificuldades para combater o crime organizado e as mortes violentas na Bahia, o secretário Marcelo Werner se esquivou da resposta, comemorou o aumento do efetivo de policiais e cobrou medidas mais duras do sistema judiciário.

“Foram três mil contratações de policiais no ano passado e quatro mil neste ano. Estamos diminuindo a criminalidade, buscando lideranças em outros estados da facção e utilizando a tecnologia a nosso favor. É importante dizer que o fenômeno do crime organizado é nacional, por isso, é importante um trabalho para que a legislação possa ser mais dura contra as pessoas que cometem crimes violentos”, falou Marcelo Werner.

Além de Bahia e São Paulo, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado realizou operações em Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Sergipe, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Alagoas. “Todas as ações da Ficco visam o combate às facções criminosas com o propósito de auxiliar na redução dos crimes violentos. A Força Integrada não tem preponderância nas operações, mas nasceu para auxiliar na operacionalização do combate ao crime”, explicou o delegado federal Eduardo Badaró, coordenador da Ficco.

Veja líderes de facções que atuavam na Bahia e foram localizados pela polícia neste ano

6 de agosto de 2024: Anderson Souza dos Santos, conhecido como "Baço", foi morto pela polícia em Alagoas. Ele liderava uma facção com atuação nos bairros do IAPI e Pau Miúdo, além de possuir dois mandados de prisão por homicídio, e era o 2 de Paus do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

5 de agosto de 2024: Fábio dos Santos Nascimento, conhecido como "Fabão" e "Jiboia", foi morto pela polícia em São Paulo. Ele era apontado como líder da facção com atuação nos bairros de Valéria, Castelo Branco e Vila Canária, em Salvador, além de ser o 8 de Espadas do Baralho do Crime.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), ele estava escondido na cidade de Guarujá, e andava de carro blindado na cidade. Ele tinha apoio de comparsas de uma facção paulista e mantinha vida de luxo.

31 de julho de 2024: Um criminoso apontado como líder de uma facção que age em Portão, na cidade de Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi morto pela polícia em Aracaju (SE). O homem foi identificado como Rogério Ferreira Sampaio, conhecido como Patolino. Foi a segunda liderança do crime com apelido de Patolino morta pela polícia baiana em duas semanas.

18 de junho de 2024: Thomas Douglas Araújo dos Santos Silva, conhecido como Patolino, liderava uma facção com atuação na região norte e foi encontrado na cidade de Capim Grosso. A ação, que resultou na morte do suspeito, foi coordenada por equipes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) Bahia e das polícias Militar (Cipe Caatinga) e Civil (Depin).

10 de abril de 2024: Um homem, apontado como chefe de uma organização criminosa da Bahia e suspeito de envolvimento em diversos homicídios qualificados, roubo, extorsão e sequestro, foi preso no balneário de Guriri, em São Mateus, na Região Norte do Espírito Santo, no dia 10 de abril. Conhecido como 'Wolverine' ou 'Vovô Urso', Daniel dos Santos Silva, de 39 anos, chegou a apresentar documento falso durante a abordagem policial.

3 de março de 2024: Um dos líderes de facção criminosa com atuação em Alagoinhas e Camaçari, identificado como Anailton de Jesus Marinho, foi preso. O homem foi autuado por volta das 22h, em Camaçari, no Residencial Sítio Verde, no bairro Verdes Horizontes, em ação conjunta da FICCO/BA e CIPE POLO.