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Da Redação
Publicado em 31 de março de 2024 às 23:46
Ao chamar a empresária da cantora Gal Costa de “mercenária, mentirosa, víbora e maluca”, o filho da artista, Gabriel da Costa Penna Burgos, 18 anos, disse, neste domingo (31), que não havia relação afetiva entre elas e questionou onde está o patrimônio da mãe.
“Onde está o dinheiro? Os imóveis? Isso que eu quero saber. Onde está?”, perguntou, em entrevista ao Fantástico, da TV Globo. A viúva Wilma Teodoro Petrillo, que concedeu entrevista pela primeira vez desde a morte de Gal, disse que “não tem joias, nem obras de arte” da cantora. “Ela não tinha (fortuna)”, frisou, ao acrescentar que “não é pequena” a dívida deixada pela artista.
Gabriel afirmou que a mãe e a empresária tinham apenas um relacionamento de “amizade e trabalho”. “Ela sempre falou para mim que não tem nada”, disse. “Todos os dias elas brigavam, brigavam feio. Sim, com certeza (era um relacionamento tóxico). Mas não afetivo”, acrescentou.
Wilma negou e disse que “quase não brigava” com a cantora. A empresária foi reconhecida como viúva pela Justiça e é atual administradora do patrimônio da artista, até que o inventário seja concluído. Segundo Gabriel, Wilma Petrillo quer agora dizer que ambas tinham uma união estável para “ter o poder sob a herança, ser herdeira, pegar uma porcentagem do dinheiro”.
Já Wilma, que morou com Gal por mais de 20 anos, ressaltou que elas nunca deixaram de ser um casal.
O filho da cantora disse ainda que pediu a exumação do corpo por achar estranho a causa da morte que aparece no atestado de óbito. A artista morreu em novembro de 2022. “Eu só quero ter certeza que é realmente a parada cardíaca, entendeu? Foi tudo muito repentino. Mas não acho que ela (Wilma) chegaria a esse ponto (de matá-la)”, pontuou ele, que não mora mais na mesma casa que Wilma .
A empresária questionou: “Eu não sei do que ele está desconfiando. Ele acha que eu matei a mãe dele? Que eu matei Gal?”. Os dois brigam pela divisão do patrimônio da artista estimado em R$ 20 milhões.
Na edição deste final de semana, o CORREIO publicou um testamento inédito da cantora. Pelo documento, feito em 1997, Gal Costa destina todo seu patrimônio a uma fundação cultural de preservação da memória da artista. Uma exigência feita por Gal era que a Fundação fosse criada na Bahia. Verônica Pedreira de Freitas Silva e Priscila Silva de Magalhães, primas da artista, acionaram a Justiça para provar que Gal foi pressionada a anular o testamento, em 2019. O documento de anulação, apesar de ter a assinatura de Gal, segundo elas, não conteria a sua real vontade. A defesa das duas argumenta que houve manipulação por parte de Wilma para que o testamento fosse anulado. A advogada de Wilma, Vanessa Bispo, afirmou que o testamento de 1997, que prevê a criação da Fundação, “juridicamente não existe”.