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Da Redação
Publicado em 21 de março de 2024 às 10:14
Uma inspeção realizada pelo Ministério Público estadual no sistema ferry-boat identificou uma série de irregularidades no Terminal Marítimo de São Joaquim e em embarcações que realizam a travessia Salvador-Itaparica, na última terça-feira (19). >
Foi verificado que o Terminal não tem certificado de licença do Corpo de Bombeiros e o projeto de incêndio e pânico apresentado pela Internacional Travessias não foi aprovado pelo CB desde o ano de 2018. Além disso, o salão de passageiros não tem saída de emergência. >
Também foram identificadas irregularidades quanto à acessibilidade e condições sanitárias. Segundo a promotora Thelma Leal, o contrato de concessão firmado, em 2014, entre o Estado e Internacional Marítima, está sendo descumprido pelas duas partes.>
Em nota, a ITS informou que reconhece a existência de pontos na operação que devem estar em constante melhora, assim como tem se portado de modo a atender todos os requisitos do contrato de Concessão. A empresa ainda apontou que os organismos públicos tentam "execrar" a imagem da concessionária. >
"A ITS sempre esteve, de forma transparente, aberta para colaboração com qualquer tipo de fiscalização, seja ela liderada por qualquer órgão público", afirma. >
O MP reforçou que a ação fiscalizatória tem o objetivo de verificar as condições estruturais e de funcionamento, bem como a qualidade dos serviços prestados pelo sistema ferry boat. A ação continua durante esta semana para que todas as embarcações sejam inspecionadas. >
As informações finais serão reunidas em relatórios, que serão encaminhados pelos órgãos ao MP para adoção de providências pertinentes no âmbito de procedimentos existentes nas Promotorias de Justiça de Patrimônio Público e do Consumidor, que estão elaborando um Termo de Ajustamento de Conduta para apresentar ao Estado. >
As condições foram averiguadas pela coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon), promotora de Justiça Thelma Leal. O MP fiscalizou com a colaboração da Superintendência Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Vigilância Sanitária, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Divisão Nacional de Vigilância Sanitária (Divisa).>
A Internacional Travessias também foi notificada pela suspensão de serviço sem aviso prévio, durante a operação de fiscalização. >
A fiscalização foi iniciada logo depois do cancelamento de uma viagem marcada para a manhã, 10 minutos antes do horário previsto, sem justificativa. Segundo a Internacional Travessias, o cancelamento ocorreu pela falta de embarcações necessárias, havendo apenas três disponíveis. A empresa também informou que situação foi pontual e que não há costume de horários não serem realizados. >
A empresa já havia recebido uma multa de R$1 milhão da Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon). No entanto, a Internacional Travessias continuou enfrentando críticas dos consumidores devido a falhas na prestação de serviços. A operação de terça-feira (19) aconteceu em resposta a novas denúncias e com o objetivo inspecionar todos os itens que garantem a segurança dos consumidores, dentro e fora das embarcações.>
Também participaram da operação órgãos como Anvisa, Visa, Polícia Civil, Defesa Civil, Procon e Corpo de Bombeiros,>