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'Família está toda em choque': homem morto no Corredor da Vitória fazia bicos na Barra

Willys Santos Conceição morava com irmão em Fazenda Coutos

  • Foto do(a) author(a) Wendel de Novais
  • Wendel de Novais

Publicado em 27 de março de 2024 às 12:00

Músicos imobilizaram suspeitos antes de chamar a polícia
Músicos imobilizaram suspeitos antes de chamar a polícia Crédito: Reprodução

Apesar de informações iniciais apontarem que Willys Santos Conceição, 27 anos, morto em confusão no Corredor da Vitória no último sábado (23), se tratava de uma pessoa em situação de rua, a família nega. De acordo com parentes da vítima, além de trabalhar de maneira informal, Willys morava no bairro de Fazenda Coutos e não vivia na rua. Florisvaldo Santos Conceição, irmão mais velho da vítima, aponta que a família toda está muito abalada pela morte, as acusações de uma tentativa de assalto de Willys na confusão e a forma como souberam do crime.

“A família está toda em choque por saber que aconteceu isso com um cara alegre como era meu irmão. Ele não morava na rua como estão dizendo, mas comigo lá em Fazenda Coutos que é perto de onde a nossa mãe mora, em Valéria. Apesar disso, tanto eu como ele ficamos por essa região da Barra porque, sem emprego, vivíamos de trabalho informal, guardando carro ou qualquer outro emprego que pudesse gerar uma renda para nós”, conta Florisvaldo.

Willys Santos morreu após agressão no Corredor da Vitória
Willys Santos morreu após agressão no Corredor da Vitória Crédito: Reprodução

Segundo familiares, Willys estava na região da Barra desde a última sexta-feira (22) aproveitando com amigos. Não se sabe ao certo o que ele fazia no Corredor da Vitória na madrugada em que foi morto, mas parentes não acreditam no que alegam os quatro acusados presos pela morte dele, que afirmaram em depoimento terem sido vítimas de uma tentativa de assalto por parte de Willys e que apenas teriam agido em legítima defesa para imobilizá-lo até a chegada da polícia,

Ao descrever o irmão, Florisvaldo destaca um comportamento alegre e muito unido aos familiares que tinha como próximos. “A rotina dele era com a família, ele era um cara alegre que sempre estava ali, sempre ajudava também dentro de casa. Em qualquer oportunidade, trazia dinheiro da rua e dava a minha mãe. Como fizemos parte do Projeto Axé, ele sempre ficava batucando as coisas, dançando e cantando”, descreve ele.

Apesar de ter sido morto na madrugada do último sábado, o corpo de Willys só será liberado nesta quinta-feira (28). Ele será enterrado no Cemitério Municipal de Plataforma, às 10h. Willys deixa um filho de 3 anos, que mora com a ex-companheira da vítima no interior da Bahia.