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Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2023 às 10:10
Uma cena de moradores sendo feito reféns foi transmitida ao vivo pela internet nesta segunda-feira (4). Um homem armado mantém uma família na casa, na Rua Teixeira Mendes, no Alto das Pombas, enquanto um policial militar tentava negociar a libertação. Inicialmente, quando a transmissão começou, eram seis reféns, incluindo duas crianças, mas moradores afirmaram que antes havia mais gente na casa.
"Espera meu advogado chegar", dizia o suspeito, que também exigia presença da imprensa. "Estou querendo me render, só estou esperando meu advogado entrar", acrescentou. Em determinado momento da negociação, o homem chegou a liberar uma menina que passou mal durante o episódio.
O sequestrador depois negou a liberação de uma outra criança, um menino, dizendo que ele estava "bem cuidado" e que se fosse soltando os reféns o PM invadiria a casa e o mataria. "Não tá traumatizado não, está todo mundo aqui bem", garantiu.
"Tem 4 mil pessoas na live", avisa ele em determinado momento - no pico, bateu em 8 mil. O policial continua tentando convencê-lo a sair, afirmando dar sua "palavra de homem" que nada aconteceria. "Queria confiar em você", diz o bandido. Posteriormente, ele liberou um segundo refém.
Em outros ponto da gravação, o homem manda o PM "tirar o escudo para eu gravar sua cara". Um segundo PM aparece no local por volta das 10h15. O advogado do suspeito chegou ao local depois das 10h20 e 15 minutos depois foi a vez da mãe dele.
"É a vida que nós escolheu, né? Você acha que eu quero estar nessa vida? Eu tô com medo de perder a vida. Antes eu morrer matando", diz o suspeito em meio às negociações. Por volta das 11h, a transmissão foi interrompida.
Do lado de fora, familiares esperavam o desfecho. "Minha família que está lá dentro. Já tirou meus pais, minha irmã e minha filha. Mas tem mais cinco pessoas dentro de casa, uma criança de 13 anos", disse a moradora. Ela afirmou que o confronto na região entre suspeitos e policiais começou na madrugada e um deles invadiu a casa. "Eu como mãe, estou arrasada. Somos moradores antigos do Alto das Pombas. Minha mãe tem 63, meu pai 67. Não têm que passar por isso", disse ela. "Ainda tem meus irmãos, meu cunhado, meu filho, uma criança de 13 anos".
Ela diz que a irmã ligou para ela de madrugada, dizendo que tinha "um bocado de homem nas escadas querendo entrar". "Depois minha mãe ligou e disse que tinham pegado meu sobrinho", afirmou, em meio às lágrimas. "A gente fica inseguro. A gente não é morador que chegou ontem, somos antigos, todo mundo conhece".